domingo, 30 de junho de 2013

Outros artigos

Disponibilizam-se alguns artigos sobre a ocupação humana do território envolvente ao Outeiro do Circo, nas freguesias de Mombeja e Beringel.
Não se tratam de trabalhos resultantes do Projeto Outeiro do Circo, mas sim de intervenções de arqueologia comercial, da responsabilidade da empresa Palimpsesto.
Os artigos disponíveis revelam a riqueza do subsolo desta região, com as intervenções realizadas em sítios arqueológicos de várias épocas, desde o calcolítico até à Época Moderna.

Aqui fica a lista de artigos disponíveis:
- Murteira 6, Calcolítico (Mombeja)
http://academia.edu/2775537/O_sitio_de_Murteira_6_Mombeja_-_Beja_no_contexto_do_calcolitico_do_sul_de_Portugal

- Arroteia 6, Idade do Bronze (Mombeja)
http://academia.edu/3782834/Arroteia_6_Mombeja_Beja_no_contexto_da_Idade_do_Bronze_do_Sudoeste_Peninsular

- Malhada de Biterres 2, Idade do Ferro (Mombeja)
http://academia.edu/3782796/Malhada_de_Biterres_2_Mombeja_Beja_._Um_forno_da_Idade_do_Ferro_nos_alvores_da_romanização

- Cortes 1, Antiguidade Tardia (Mombeja)
http://academia.edu/2773433/A_ocupacao_da_Antiguidade_Tardia_do_sitio_Cortes_1_Monte_das_Cortes_Mombeja_Beja_

- Beringel, Época Romana, Medieval e Moderna (Beringel)
http://academia.edu/3782940/Remodelacao_da_rede_de_abastecimento_de_agua_de_Beringel_Beja_dados_preliminares_dos_trabalhos_de_minimizacao_patrimoniais

E ainda um outro trabalho, este de cariz particular, centrado na coleção de metais da Idade do Bronze do Museu de Beja
http://academia.edu/3782859/Metais_da_Idade_do_Bronze_do_Museu_de_Beja

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Artigos do Projeto Outeiro do Circo - 5

Encontra-se disponível para download um artigo do Projeto Outeiro do Circo, dedicado ao programa de Educação Patrimonial aí desenvolvido. Foi publicado nas Actas do V Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular (Almodôvar) em 2010:
 
Porfírio, E. e Serra, M. (2012), Um projecto de arqueologia "social" em Mombeja (beja). Actas do V Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular. Câmara Municipal de Almodôvar: 877 - 889.

Link: http://www.academia.edu/2775614/Um_projecto_de_arqueologia_social_em_Mombeja_Beja_

domingo, 23 de junho de 2013

Balanço da Conferência na British Historical Society of Portugal

Teve lugar no passado dia 13 de Junho, no Convento das Gaeiras em Óbidos, uma conferência intitulada: "Outeiro do Circo (Beja, Alentejo): an exceptional site of the Late Bronze Age in Southern Portugal", a convite da British Historical Society of Portugal.
De modo a contextualizar o público com o tema proposto, iniciou-se a sessão com a apresentação de algumas características muito gerais da Idade do Bronze no espaço europeu, para em seguida se particularizar o caso da Península Ibérica e do Sudoeste Peninsular.
Após estes enquadramentos apresentaram-se algumas características da Idade do Bronze na região de Beja, destacando as várias realidades aí conhecidas do Bronze Médio e Final.
Para melhor compreender a importância do Outeiro do Circo na região, foram também destacados alguns povoados fortificados desta época no Baixo Alentejo, bem como outros elementos individualizadores do Bronze Final regional.
Em seguida entrou-se no tema principal com a descrição do projeto de investigação subordinado ao estudo do povoado do Outeiro do Circo e dos seus principais resultados, com destaque para o estudo dos elementos do sistema defensivo.
A segunda metade da sessão foi inteiramente dedicada às atividades de Educação Patrimonial associadas a este projeto e que mereceram especial atenção do público assistente durante o debate que se seguiu, sinal do reconhecimento público da importância deste tipo de ações.
À British Historical Society of Portugal e especialmente a David Clarke deixamos expresso o nosso agradecimento pelo convite que nos foi dirigido e pelo entusiasmo e interesse que o tema gerou entre os participantes como de resto ficou comprovado pelo animado convívio que se gerou no excelente almoço que nos foi proporcionado no Convento das Gaeiras.
 
 
 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tu fazes, eu parto, juntos colamos - Workshop 2 e 3

Os últimos dois workshops desta actividade, dirigida a estudantes de arqueologia, decorreram nos dias 24 e 30 de Maio, no Palácio de Sub-Ripas (Instituto de Arqueologia) em Coimbra. Durante a semana anterior alguns alunos experimentaram decorar as peças através de incisão ou brunimento e o workshop de dia 24 foi destinado à cozedura dos recipientes.
Workshop 2 - Cozedura
O primeiro passo consistiu na avaliação da secagem das peças, para observar a sua consolidação e registar a cor das peças. Algumas peças mostravam fracturas devido à contracção na secagem, mas outras pareciam ter resistido bem.
A construção das fogueiras decorreu no Campo de Jogos contíguo ao quintal do Instituto de Arqueologia, cedido para esta actividade pela Santa Casa da Misericórdia de Coimbra (a quem muito se agradece). As estruturas de cozedura (2 covas e lenha variada) foram preparadas pelos participantes e em seu redor dispôs-se o equipamento para controlar a temperatura (conjunto de 5 termopares emprestado pelo Led & Mat do IPN e barras pirométricas). As peças acabaram de secar em volta das fogueiras e depois deu-se início à cozedura propriamente dita.
 
 
 
Na primeira experiencia tentou reproduzir-se uma fogueira com atmosfera rica em carbono, mas na seguinte o objectivo foi que a cozedura decorresse de forma menos protegida e mais rica em oxigénio. O tempo de cozedura foi intencionalmente curto, para comparar com experiências prévias (mas um pouco mais longo - 1h30), e as temperaturas não excederam os 700ºC. O registo dos termopares permitiu obter os perfis térmicos das cozeduras e relacioná-los com a direcção dos ventos dominantes. No final as peças foram retiradas para arrefecer e observaram-se as cores, o grau de consolidação e as fraturas.
Como a actividade decorreu durante o dia inteiro, vários participantes almoçaram em piquenique no Instituto de Arqueologia. A meio da tarde contámos ainda com um excelente bolo de chocolate feito e oferecido a todos pela Eunice.
Workshop 3 - selagem e uso
Uma semana mais tarde, o dia 30 de Maio foi dedicado a testar as peças. Mais uma vez a sessão começou com uma pequena apresentação, neste caso sobre práticas etnográficas de “selagem” das peças para diminuir a porosidade e recuperar fraturas.
O primeiro passo consistiu em encher os recipientes com uma quantidade fixa de água durante 2 minutos e voltar a medir a água para observar quanta teria sido absorvida pela superfície dos recipientes.
Depois construiu-se uma pequena fogueira para colocar os recipientes e ferver água. Os recipientes foram secos em volta da fogueira e aqueles que não apresentavam fracturas evidentes foram parcialmente cheios com água e postos sobre brasas na fogueira, controlando-se o tempo que demorava até a água ferver. Nesta experiência tornou-se claro que boa parte deles tinha micro-fracturas pouco visíveis e ficavam rapidamente encharcados o que, de facto, impedia que a água entrasse em ebulição e em alguns casos mais exagerados apagava as brasas.
Para recuperá-los os participantes testaram materiais diferentes ou uma combinação de vários: farinha integral; farelo; gordura animal (banha) e vegetal (azeite), sangue e cera de abelha. Em alguns recipientes o objectivo foi apenas testar o efeito de alguns produtos na cor: foi o caso do limão (ácido) e do vinho (por ser rico em taninos). Alguns materiais testados não melhoraram a performance dos recipientes, mas outros mostraram resultados muito interessantes e permitiram utilizar recipientes que até então não o permitiam.
 

 
Mais por brincadeira e curiosidade, no final da sessão preparou-se uma pequenina “refeição” composta por uma perna de coelho, favas e alho, cozida com sal num dos recipientes, e uma mistura de papas de farinha integral e água, cozida em outro. Quem provou diz que o coelho estava bastante bom, mas as papas… bom, eram papas de farinha!

 
Além disso, e provavelmente devido à inspiração de dia 24, nesta actividade contámos outra vez com um bolo de chocolate fantástico! Desta vez foi feito e oferecido por uma das alunas participantes. Um bem-haja à Carla, e, evidentemente, à Eunice, que deu o mote!
A equipa do Projecto Outeiro do Circo gostava ainda de agradecer o empenho da Doutora Raquel Vilaça, a presença de todos os participantes, e ainda o apoio das instituições envolvidas como o Instituto de Arqueologia, CEMUC, CEAUCP e AAA, que permitiram que estas actividades fossem possíveis e decorressem com tranquilidade. Agradece-se ainda à Misericórdia de Coimbra a cedência do Campo de Jogos e ao Led&Mat do IPN em Coimbra o empréstimo dos termopares.

 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Grupo Coral de Mombeja

Parabéns ao Grupo Coral de Mombeja pelo seu 11º Aniversário e o nosso agradecimento por terem eleito o Outeiro do Circo como imagem das comemorações, mostrando mais uma vez o forte envolvimento da população de Mombeja em torno deste projeto.
A autoria da peça pertence às senhoras da ARTPAX - Beja, D.ª Antónia e D.ª Fátima, cujo atelier funciona junto à Casa da Cultura de Beja.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Conferência na British Historical Society of Portugal


No próximo dia 13 de Junho será apresentada uma conferência do Projeto Outeiro do Circo no Convento das Gaeiras em Óbidos, às 11:30 a convite da British Historical Society of Portugal.
Sob o título "Outeiro do Circo (Beja, Alentejo): an exceptional site of the Late Bronze Age in Southern Portugal", esta apresentação pretende integrar os resultados do Projeto Outeiro do Circo na investigação sobre a Idade do Bronze do Sul de Portugal.