O Projeto Outeiro do Circo marcou presença no lançamento da Lacant - Revista de História, Arqueologia e Património, da Câmara Municipal de Moura, que decorreu no novo Pólo da Biblioteca de Safara no passado dia 5 de Agosto.
A sessão teve início com as boas vindas por parte da Sr.ª Vereadora da Câmara Municipal de Moura, Lurdes Balola, a que se seguiu a apresentação da revista pelo arqueólogo José Gonçalo Valente, contanto ainda com intervenções dos autores presentes, Miguel Serra e Mariana Nabais, terminando com as questões e comentários do público presente.
O número 7 da revista conta com uma colaboração do Projeto Outeiro do Circo, através de um artigo assinado por Miguel Serra (responsável científico do projeto) e Margarida Santos (aluna da licenciatura de História e Arqueologia da Universidade de Évora), dedicado à Idade do Bronze no concelho de Moura, num texto que reúne uma síntese sobre os vestígios arqueológicos deste período juntamente com algumas sugestões sobre o seu potencial de divulgação.
Enquanto não fica disponível o pdf do artigo, deixamos aqui o resumo:
Uma viagem pela Idade do Bronze no concelho de Moura. Da síntese à divulgação.
No concelho de Moura encontram-se identificados cerca de 460 sítios arqueológicos, dos quais apenas duas dezenas correspondem a sítios da Idade do Bronze.
Apesar deste escasso número, que poderá erradamente interpretar-se como uma ausência de importância do território mourense ao longo deste período, alguns dos sítios da Idade do Bronze assumem uma grande relevância no quadro da arqueologia portuguesa, face ao interesse que a investigação científica lhes dedicou. Sítios como Carapinhais, Safara, Álamo, Serra Alta ou Castro de Ratinhos surgem como referências incontornáveis para quem quer estudar a Idade do Bronze no território português. Ao mesmo tempo, estes breves exemplos demonstram uma ocupação do território desde os primeiros momentos da Idade do Bronze até à sua etapa final.
A região de Moura encontrava-se plenamente integrada nas dinâmicas regionais do Bronze Pleno do Sudoeste, conhecendo-se várias necrópoles similares às identificadas por todo o Sudoeste Peninsular, tal como se manteve fortemente ligada com as regiões vizinhas durante o Bronze Final quando se assiste ao aparecimento de povoados de altura rodeados de complexos sistemas de muralhas que dominavam os territórios envolventes.
Pretendemos, com este trabalho, fazer uma breve viagem pela Idade do Bronze no concelho de Moura, procurando integrar os vestígios aqui conhecidos com a realidade do Sudoeste Ibérico, que conheceu inúmeras novidades ao longo dos últimos anos e terminamos com algumas propostas relativas ao potencial de divulgação dos vestígios arqueológicos deste período.
