Foi apresentado o novo projeto de investigação e divulgação arqueológica do povoado da Idade do Bronze do Outeiro do Circo que decorrerá em 2022 e 2023.
A sessão decorreu no passado dia 23 de Setembro, nas instalações do futuro Centro de Arqueologia e Artes da Câmara Municipal de Beja, no âmbito das Jornadas Europeias do Património.
A apresentação ficou a cargo de Miguel Serra, um dos responsáveis do novo projeto, que explicou os principais objetivos e atividades previstas. O projeto assenta em duas vertentes distintas mas complementares, uma, já iniciada, pretende aprofundar o conhecimento sobre este importante povoado da Idade do Bronze através de uma série de estudos analíticos sobre o espólio recolhido nas escavações arqueológicas, com especial atenção nas análises de cerâmicas, amostras de solos, peças líticas e faunas. A outra vertente, que deverá iniciar-se em Outubro ou Novembro, centra atenções num programa de divulgação baseado em oficinas pedagógicas que irão decorrer em Beja, Braga e Coimbra, procurando envolver diversos públicos escolares desde o ensino básico ao universitário.
Após a apresentação do novo projeto seguiu-se uma conferência sobre os principais resultados do projeto de investigação que decorreu entre 2019 e 2021 no Outeiro do Circo e que revelou um troço de muralha da Idade do Bronze em boas condições de preservação, para além de ter revelados novos dados sobre ocupações posteriores da Idade do Ferro.
Seguiu-se um animado debate no final da sessão, apesar do pouco público presente, que permitiu esclarecer alguns dos pormenores relativos ao desenvolvimento das atividades do novo projeto e dos resultados que se podem vir a atingir.
Este novo projeto conta com financiamento da Câmara Municipal de Beja e da empresa Palimpsesto, juntando novas colaborações com a Axis Mundi, Heritage & Archaeology e O Legado da Terra, Cooperativa de Responsabilidade Limitada, entidades responsáveis pela execução das várias atividades e conta ainda com parcerias com o Museu Regional de Beja, o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa (Braga) e o Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
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