segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Campanha arqueológica de 2020: balanço

A campanha arqueológica do Projecto Outeiro do Circo (Beja) decorreu entre 3 e 28 de Agosto, num total de 20 dias de trabalhos. 
O povoado muralhado do Bronze Final do Outeiro do Circo, situado a cerca de 18 km a Oeste da cidade de Beja, é alvo de escavações arqueológicas desde 2008, inserindo-se os trabalhos actuais num projecto de investigação iniciado em 2019. 
O presente projecto tem como principal objectivo clarificar a ocupação do espaço interior do povoado, documentando os aspectos do seu quotidiano e a respectiva articulação com as muralhas que o rodeavam na totalidade, bem como conhecer melhor as ocupações de períodos posteriores à Idade do Bronze, sobre as quais têm surgido alguns indícios nos últimos anos. 
Os trabalhos arqueológicos de 2020 permitiram documentar a presença de vestígios da Idade do Ferro junta à muralha, que consistiam maioritariamente em materiais cerâmicos, incluindo diversas peças decoradas e alguns recipientes fragmentados no local, bem como elementos de adorno metálicos. Estes indícios não permitem ainda esclarecer a natureza da ocupação do Outeiro do Circo durante a Idade do Ferro, período em que o local já estaria abandonado, mas continuaria ainda a ser frequentado pelas populações que habitariam sobretudo nas zonas de planície envolventes. 
O principal destaque da campanha de 2020 é assumido pela descoberta de um troço de muralha da Idade do Bronze. 
A muralha já era conhecida de trabalhos anteriores, mas o troço intervencionado este ano incidiu sobre uma área em melhores condições de preservação, que não sofreu afectações ou destruições recentes provocadas por trabalhos agrícolas, ao contrário do que foi observado na área de muralha escavada no âmbito de outro projecto de investigação que decorreu entre 2008 e 2013. 
A muralha apresenta um embasamento em pedra bem estruturada e com um preenchimento efectuado com recurso a terras esbranquiçadas com material geológico recolhido nas imediações e que conferem grande robustez à estrutura. A encosta junto à muralha também se encontra reforçada por soluções engenhosas que revelam a criação de rampas realizadas com terras compactadas e barro cozido, permitindo que os terrenos de barro sofressem menos deslizamentos de terras e conferindo estabilidade para a construção da muralha pétrea. No exterior do talude detectou-se ainda um fosso que deverá ser escavado em 2021. 

A zona da muralha permitiu ainda a recolha de grande quantidade de materiais cerâmicos em bom estado de conservação, entre os quais se destaca a presença das cerâmicas com decoração em "ornatos brunidos", típicas do Sudoeste Peninsular durante o Bronze Final, mas também outras peças decoradas que remetem para a existência de contactos com outras regiões mais afastadas. Esta área de intervenção permitiu ainda a recolha de uma grande quantidade de ossos de animais, cujo estudo será essencial para o conhecimento das práticas pecuárias e cinegéticas, entre outros aspectos. 

A escavação da área adjacente à muralha, para a zona interior do povoado, também revelou diversas novidades. O objectivo dos trabalhos neste sector incidiam na necessidade de compreender uma possível estrutura habitacional descoberta nos trabalhos anteriores realizados em 2016 e 2017. No entanto, o alargamento desta área de escavações permitiu verificar que estes vestígios correspondem na verdade a uma muro em pedra, paralelo à muralha e cujo espaço entre ambas as estruturas foi preenchido por diversas camadas de terra compactadas, podendo o referido muro corresponder a um reforço ou remodelação do sistema defensivo ocorrido ainda durante o Bronze Final. 

O restante espaço intervencionado nesta zona continua a revelar sucessivas camadas de terra, compostas pelos barros pretos típicos da região, assinalando-se a recolha de grande quantidade de fragmentos cerâmicos, faunas, alguns artefactos em pedra relacionados com a prática agrícola (elementos de foice e mós) e diversos elementos metálicos, em cobre ou em bronze, como agulhas, punções, hastes indeterminadas ou nódulos de fundição, que atestam a produção de peças de bronze no interior do povoado e incidem maioritariamente em objectos relacionados com o trabalho têxtil ou com elementos de adorno. 

Participaram nos trabalhos um total de 15 voluntários, sob coordenação dos arqueólogos Miguel Serra (Câmara Municipal de Serpa e Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências de Património da Universidade de Coimbra) e Sofia Silva (Axis Mundi - Heritage & Archaeology), que incluíram estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento em Arqueologia das universidades de Lisboa, Coimbra, Évora e Santiago de Compostela, bem como estudantes e profissionais de outras áreas. 
O Projecto Outeiro do Circo aposta habitualmente numa forte componente de divulgação, que este ano teve de sofrer adaptações face às restrições provocadas pela pandemia Covid 19. 
Assim, a aposta centrou-se na divulgação dos trabalhos através de formato online, mas manteve-se a opção de realizar uma série de conferências presenciais direccionadas para os participantes no projecto, que estão incluídas no plano de formação anual, e que contaram com apresentações de temas muito diversos a cargo da equipa de investigação do Projecto, como o historial de investigação do sítio e um enquadramento sobre a Idade do Bronze do Sudoeste, conferências apresentadas por Miguel Serra, e uma formação sobre zooarqueologia que incluiu alguns resultados dos estudos faunísticos das colecções do Outeiro do Circo, apresentada pelo zooarqueólogo Nelson J. Almeida, colaborador do Projecto Outeiro do Circo e investigador da UNIARQ-Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa. 

As conferências incluíram ainda 3 comunicações apresentadas por voluntários e que se reportaram a trabalhos por eles desenvolvidos noutras regiões. A primeira destas sessões foi apresentada por Borja Rey Seoane, estudante de doutoramento em Santiago de Compostela, dedicada a trabalhos de arqueologia experimental sobre artefactos líticos de uso culinário na Cultura Castreja, seguindo-se o arqueólogo Vítor Silva, de Braga, com uma comunicação sobre os seus trabalhos na região de Monção e em particular no Castro de São Caetano, da II Idade do Ferro e por fim, Rita Pereira, estudante de mestrado em arqueologia na Universidade de Coimbra, que deu a conhecer outro projecto de arqueologia experimental que consistiu na construção de uma cabana pré ou proto-histórica. 


Houve ainda lugar a duas conferências com convidados, Samuel Melro e Carlos Pedro, técnicos superiores de arqueologia e antropologia, respectivamente, na Direcção Regional de Cultura do Alentejo. O primeiro centrou a sua apresentação nos trabalhos de salvaguarda arqueológica no âmbito de processos agrícolas, mas também no enquadramento legal dos trabalhos arqueológicos em Portugal, enquanto que o segundo orador deu a conhecer as práticas agrícolas no Baixo Alentejo Interior ao longo dos últimos 100 anos e as respectivas mudanças e transformações na paisagem. 

Ainda no campo da formação aos voluntários há que referir duas breves sessões, a primeira dedicada às cerâmicas do Outeiro do Circo e dinamizada por Sofia Silva, arqueóloga responsável pelo estudo de materiais e directora de campo dos trabalhos, e a segunda por Sofia Soares, geóloga, consultora científica do Projecto que realizou uma sessão sobre os recursos geológicos na envolvente ao Outeiro do Circo. 
No campo da divulgação este ano apresentou diversas condicionantes, que levaram à decisão de não promover as habituais visitas guiadas às escavações ou as sessões com grupos de jovens em férias. No entanto, a curiosidade sobre os trabalhos em curso no Outeiro do Circo levaram a que regularmente vários interessados se deslocassem ao sítio para conhecer as novas descobertas, tendo-se registado um total de 33 visitantes. 
No final da campanha decidiu-se fazer uma apresentação ao público, na aldeia de Mombeja, que acolheu a equipa durante o mês de Agosto, com o apoio da União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja, e que consistiu numa sessão ao ar livre no Largo da Igreja, perante cerca de 40 assistentes, devidamente munidos de máscaras e em condições para manter o distanciamento entre os participantes, na qual se contou com a colaboração de todos os voluntários que relataram as suas experiências na campanha arqueológica e apresentaram diversos achados, bem como a informação que estes nos podem transmitir. 

Os fins de semana foram também ocupados com diversas visitas ao património histórico e arqueológico da região, contemplando visitas guiadas a diversos museus e monumentos como o Núcleo Museológico da Rua do Sembrano (Beja), Museu Regional de Beja, Castelo de Beja, Villa Romana de Pisões (Beja), Moinho do Guadiana em Quintos (Beja), Museu Municipal de Arqueologia de Serpa, Castelo de Serpa, que incluiu a assistência ao evento de recriação histórica "A Raia: Festival do Território Hospitalário" e Villa Romana de S. Cucufate (Vidigueira). 


Aproveitamos este balanço da campanha de 2020 para deixar diversos agradecimentos, começando pelos voluntários que integraram a equipa do Projecto Outeiro do Circo, por todo o empenho, esforço e envolvimento demonstrados: Nelson J. Almeida, Vítor Silva, Borja Seoane, Elena Duque, Catarina Santos, Ana Santos, Gustavo Silva, Rita Pereira, Maria Inês Santos, Pedro Caria, Hugo Martins, Bruno Gambinhas, Joana Marques, Luísa Silva, Arnaldo Teixeira e à directora científica Sofia Silva. 
Outro agradecimento é dirigido aos diversos amigos que se juntaram a nós para nos surpreenderem com diversos momentos de convívio abrilhantados pelas suas guitarras, violinos, acordeões, gaitas de fole e vozes, como a Celina da Piedade, a Ana Santos, o Miguel Rego, o José Miguel Rego, o José Camacho, o António Camacho e o Hugo Bentes, para além de muitos outros que a nós se juntaram nestas celebrações de amizade. 
Um agradecimento muito especial vai dirigido para o José Luís Mousinho e para a Sara Guerreiro, do café A Esquina do Mouzinho, pelo magnifico acolhimento, pela excelência da gastronomia com que nos brindaram e por toda a disponibilidade para nos ajudarem em muitos outros aspectos, e através deles estendemos o nosso agradecimento a toda a população de Mombeja por mais uma vez nos receberem e fazerem-nos sentir parte desta comunidade. 
Por último fica o nosso agradecimento às entidades envolvidas, nomeadamente à Câmara Municipal de Beja, financiadora do projecto, à União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja e à empresa Palimpsesto, Estudo e Preservação do Património Cultural, Lda. e ao Grupo Desportivo e Cultural de Mombeja por todo o apoio logístico prestado e aos técnicos da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, Samuel Melro, Miguel Rego e Susana Correia pelo acompanhamento técnico-científico que todos os anos fazem ao projecto. 


domingo, 30 de agosto de 2020

Manuel Monteiro e o "Guardião da planície"

Parabéns ao Manuel F. M. Monteiro pela conclusão da Licenciatura em Cinema Documental no Instituto Politécnico de Tomar!
O Manuel participou como voluntário na campanha de 2015 do Projecto Outeiro do Circo, onde, para além do empenho nas tarefas arqueológicas, também realizou o documentário "Outeiro do Circo: o Guardião da planície", da sua autoria e por si proposto à equipa responsável pelo projecto. 
O documentário estreou em Beja, a 21 de Janeiro de 2017, na Casa da Cultura, numa sessão que integrou um debate promovido pelo Projecto Outeiro do Circo em parceria com a Câmara Municipal de Beja e que contou com a presença do autor, de Sónia Calvário (Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Beja), de Florival Baiôa Monteiro (Associação de Defesa do Património de Beja) e de Eduardo Porfírio (Projecto Outeiro do Circo), com moderação de Ana Freitas (jornalista da Rádio Voz da Planície). Posteriormente o documentário seria exibido em Mombeja e em Évora, e disponibilizado ao público através da página de youtube do Projecto (AQUI).
Felicidades ao Manuel e esperamos encontrar-nos numa próxima estreia.







sábado, 29 de agosto de 2020

Notas de campo (4) - Campanha de 2020

Terminou a 4ª e última semana da campanha arqueológica de 2020 no Outeiro do Circo.
Durante esta semana a equipa esteve ocupada com os registos finais de campo e com a conclusão da escavação de algumas das estruturas detectadas. 



Foi possível colocar à vista a zona da muralha, que revelou um troço bem preservado com cerca de 2,5 metros de largura composto por dois alinhamentos de pedras de maior dimensão, com preenchimento interior de pedra de menor dimensão e uma camada de terra esbranquiçada, de onde se recolheu grande quantidade de fragmentos cerâmicos e restos faunísticos, que serão devidamente estudados ao longo dos próximos meses. 
A escavação do talude da muralha avançou até à detecção de níveis de rampas de terras compactadas e de barro cozido, bem como o topo do fosso exterior. 


Na zona mais interior delimitou-se a totalidade de um muro paralelo à muralha e que deveria servir como reforço desta estrutura. Também foi possível verificar a continuidade de uma área de combustão, assinalada pela presença de uma mancha de barro cozido adossada ao longo do referido muro. 
Na restante área procedeu-se à escavação de mais alguns níveis do Bronze Final, que permitiram a recolha de grande quantidade de materiais cerâmicos, alguns restos faunísticos e artefactos em pedra como mós e denticulados de foice, para além de diversos elementos em liga de cobre, desde agulhas, punções, hastes indeterminadas ou pequenos pedaços disformes e nódulos de fundição. 
Durante esta semana registaram-se também as visitas às escavações por parte dos técnicos da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, da Câmara Municipal de Beja, do executivo da União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja e do vereador Vítor Picado, da Câmara Municipal de Beja, e de alguns populares que puderam conhecer em primeira mão os principais resultados desta campanha.
É de recordar que este ano não se promoveram as habituais visitas guiadas durante as escavações, mas mesmo assim houve diversos interessados que quiseram visitar o local, num total de 33 visitantes. 

No último dia procedeu-se à limpeza, cobertura e selagem de toda a área escavada, de modo a assegurar a conservação dos vestígios detectados, cuja escavação será concluída na campanha de 2021. 


A meio da semana houve lugar à última Barferência deste ano, que contou com uma apresentação de Carlos Pedro, antropólogo e técnico superior na Direcção Regional de Cultura do Alentejo, que trouxe um tema relacionado com a caracterização das práticas agrícolas na região mais interior do Baixo Alentejo e as alterações provocadas na paisagem rural nos últimos 100 anos. 

Antes do encerramento da campanha organizou-se, com o apoio da União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja, uma sessão de apresentação pública dos principais resultados dos trabalhos e que contou com a participação de todos os voluntários desta última quinzena, que ficaram encarregues de apresentar à população alguns dos artefactos recolhidos e as informações que estes nos podem proporcionar, para além de partilharem as suas experiências de participação nos trabalhos. Estiverem presentes cerca de 40 assistentes, que colocaram diversas questões ao longo da sessão, permitindo uma grande dinâmica. É de referir ainda que esta iniciativa decorreu ao ar livre e num espaço que permitiu garantir o distanciamento social recomendado, para além de todos os intervenientes e assistentes se terem feito acompanhar de máscaras. 


Aproveitamos para deixar o nosso agradecimento aos voluntários que participaram nesta 2ª quinzena: Rita Pereira, Maria Inês Santos, Pedro Caria, Hugo Martins, Bruno Gambinhas, Joana Marques, Luísa Silva e Arnaldo Teixeira. 
Deixaremos os restantes agradecimentos para uma posterior publicação mais desenvolvida sobre o balanço total da campanha de 2020. 


terça-feira, 25 de agosto de 2020

Apresentação pública dos resultados da campanha de 2020 em Mombeja

A equipa do Projecto Outeiro do Circo irá fazer uma apresentação pública, em Mombeja, dos resultados dos trabalhos arqueológicos da campanha de 2020.
A sessão terá lugar no Largo da Igreja, às 19h00, de dia 26 de Agosto e contará com a participação dos responsáveis científicos, que farão uma síntese dos principais resultados, e dos voluntários, que ficarão encarregues de apresentar alguns dos materiais arqueológicos recolhidos durante os trabalhos.
O objectivo desta apresentação, passa por dar a conhecer o trabalho desenvolvido durante este mês no Outeiro do Circo e promover uma maior interligação entre os participantes do projecto e a comunidade local. 
A organização desta iniciativa conta com o apoio da União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja. 


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Notas de campo (3) - Campanha de 2020

Prosseguem os trabalhos de campo no Outeiro do Circo pela 3ª semana e com a chegada de uma nova equipa de voluntários. 
Por estes dias, as tarefas de campo começam a centrar-se nas acções de definição de várias estruturas e nos trabalhos de registo. 



Na área de escavação sobre a muralha foi identificada a rampa de barro cozido, anteriormente documentada na sondagem 1 (escavada entre 2008 e 2013), que se encontra a ser definida, enquanto que no topo do talude delimitou-se uma estrutura composta por duas fiadas de pedra de maior dimensão, preenchida no seu interior por um nível de terras esbranquiçadas, muito soltas e com pedra miúda, de onde foi recolhida grande quantidade de fauna e de cerâmica do Bronze Final, incluindo diversos fragmentos com decorações de "ornatos brunidos".



No alargamento da sondagem 8 definiu-se uma estrutura que poderá corresponder a um muro interno de reforço da muralha, construído sobre uma vala aberta em terras de barro, que posteriormente foi colmatada com terras de tom amarelo, extremamente compactadas.

Noutra área desta sondagem surgiu um nível de terras escuras que definem uma mancha circular bem delimitada por algumas pedras pouco estruturadas, que ainda se encontra a ser escavado para se compreender a sua função e relação com as restantes estruturas. 

Os voluntários desta quinzena desempenharam diversas tarefas de escavação, registo, topografia e tratamento de materiais. 
Durante a semana houve também lugar a três Barferências, mais uma vez realizadas no Café A Esquina do Mousinho, em Mombeja. A primeira no dia 18, foi apresentada por Miguel Serra, foi dedicada ao Bronze do Sudoeste, para enquadrar os voluntários na investigação sobre este período, com particular incidência nas novidades produzidas nos últimos anos na região de Beja. No dia 19 foi a vez de Samuel Melro, arqueólogo da Direcção Regional de Cultura do Alentejo promover uma conversa com os voluntários sobre a salvaguarda arqueológica no âmbito de processos agrícolas, mas que também serviu para se conhecer melhor os vários enquadramentos sobre a natureza dos trabalhos arqueológicos. A última Barferência desta semana foi dinamizada por Rita Pereira, voluntária no Outeiro do Circo e estudante de mestrado na Universidade de Coimbra, que apresentou um trabalho desenvolvido em conjunto com Pietro Mack, também estudante no Mestrado de Arqueologia e Território, sobre a reconstituição de uma cabana pré ou proto-histórica, numa iniciativa de arqueologia experimental por eles desenvolvida. 



Houve ainda lugar para uma breve acção de formação sobre geologia e em particular sobre os recursos líticos utilizados no Outeiro do Circo, a cargo de Sofia Soares, consultora científica do Projecto Outeiro do Circo para esta área científica. 

Os trabalhos arqueológicos em curso no Outeiro do Circo terminarão no próximo dia 28 de Agosto.