As poucas chuvas que caíram no inverno de 2018/2019 e na passada Primavera foram suficientes para saturar um pouco os terrenos de barro do Outeiro do Circo, levando ao crescimento da vegetação rasteira, o que permitiu evidenciar de modo claro a linha de dupla muralha e a zona de entrada do Outeiro do Circo. Estas áreas foram há muito destruídas pelos trabalhos agrícolas mecanizados realizados no local, mas a sua planta tem sido revelada pelo estudo de diversas fotografias aéreas e por trabalhos geofísicos.
As novas imagens, agora disponíveis no Google Earth, mostram de forma muito clara a dupla linha de muralha na zona Sudoeste do povoado, deixando a entender que se prolongaria ao longo do pano rectilíneo de muralha que lhe sucede. A linha interior de muralha não tem qualquer evidência actualmente no terreno, que se encontra extremamente regularizado e coberto por vegetação rasteira, mas os trabalhos arqueológicos em curso, através do alargamento da Sondagem 8, poderão ajudar a esclarecer a existência desta linha de muralha.
Para saber mais sobre a muralha do Outeiro do Circo:
SERRA, M. (2014), Muralhas, Território, Poder. O papel do povoado do Outeiro do Circo (Beja) durante o Bronze Final. In VILAÇA, R. e SERRA, M. (coord), Idade do Bronze do Sudoeste - Novas perspetivas sobre uma velha problemática. Coimbra: IAFLUC, CEAACP, Palimpsesto [http://www.uc.pt/fluc/iarq/ pub_online/], pp. 75-99.
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