A necrópole de cistas de Corte d`Azinha, por vezes
mencionada como Corte da Azenha, situa-se na freguesia de Santa Vitória, não
sendo possível precisar a sua localização exata, uma vez que Abel Viana apenas
nos indica que esta se situa “…em uma
ladeira próxima do monte da Corte d`Azinha…” (Viana, 1954: 19).
Integra o núcleo de necrópoles do Bronze Médio que
se concentra ao longo das Ribeiras do Roxo e da Chaminé (Parreira, 1998: 270).
Esta necrópole foi detetada em Dezembro de 1949 durante a realização de trabalhos agrícolas que expuseram algumas lajes pertencentes a diversas cistas. Em 1951 seria intervencionada por Abel Viana e Álvaro-João de Brée que escavaram três cistas ditas de “tipo argárico” (Viana, 1954: 19). Uma das cistas ainda possibilitou a recuperação de um dente humano e um vaso esférico, enquanto que as restantes duas já não possuíam espólio.
Pouco mais sabemos acerca desta necrópole, uma vez que não teve intervenções posteriores, apesar de Abel Viana e Fernando Nunes Ribeiro alguns anos mais tarde num artigo de síntese dedicado às “Necrópoles Argáricas de Santa Vitória” a mencionarem a propósito da sua curta distância em relação às Minas da Juliana (dista cerca de 3 Km), procurando uma eventual relação entre a sua localização e a importância da existência da mineração do cobre, fator que poderia ter contribuído para a concentração de várias necrópoles de cistas nas zonas de Ervidel, Santa Vitória e Mombeja (Viana e Ribeiro, 1956: 157).
Bibliografia:
PARREIRA, R. (1998) – As
arquitecturas como factor de construção da paisagem do Alentejo Interior. in, Existe
uma Idade do Bronze Atlântico, Trabalhos
de Arqueologia. Instituto Português de Arqueologia. Lisboa, 10, p. 267-273
VIANA, A. (1954) – Notas históricas,
arqueológicas e etnográficas do Baixo Alentejo. Arquivo de Beja. Beja. 11, p. 3-31
As cistas de Corte da Azenha estão indicadas com as letras B, C e D (retirado de Viana e Ribeiro, 1956: 164).
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