Notícia do jornal Públlico (26.06.12) sobre o projeto Outeiro do Circo:
http://jornal.publico.pt/noticia/26-06-2012/camara-de-beja-nao-tem-4000-euros-para-continuar-importantes-escavacoes-24793226.htm
quarta-feira, 27 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Arquivo de imprensa
Cancelamento do Projeto Outeiro do Circo em notícia:
Porto dos Museus:
http://www.pportodosmuseus.pt/?p=50523
Porto dos Museus:
http://www.pportodosmuseus.pt/?p=50523
Jornal de Arqueologia:
Correio do Alentejo:
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Conferência na AAA
Report of lecture:
Tuesday 8th May 2012. Miguel Serra and Eduardo Porfírio. Outeiro do Circo. Bronze Age site Beja
http://www.arqueoalgarve.org/6.html
Tuesday 8th May 2012. Miguel Serra and Eduardo Porfírio. Outeiro do Circo. Bronze Age site Beja
http://www.arqueoalgarve.org/6.html
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Arquivo de Imprensa
Notícia da Rádio Voz da Planície sobre o cancelamento do projeto Outeiro do Circo.
http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/49546
http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/49546
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Cancelamento do Projeto Outeiro do Circo
O Projeto de Investigação
Arqueológica dedicado ao Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel – Beja) foi
cancelado por falta de apoio por parte da Câmara Municipal de Beja.
Entre 2008 e 2012 realizaram-se
quatro campanhas de escavação neste importante sítio arqueológico do Baixo
Alentejo, que contaram com o apoio de diversas instituições, mas que dependeram
sempre do apoio financeiro da Câmara Municipal de Beja, no papel de principal
parceira do projeto.
Para além das ações de campo
realizadas, foi desenvolvido um intenso e variado programa social e de
divulgação que contribuiu de forma indelével para um maior reconhecimento deste
projeto e para dar a conhecer um pouco de uma região deprimida localizada fora dos
principais circuitos turísticos da região alentejana.
As expetativas criadas com os
resultados obtidos e as reações positivas a este projeto levaram a que em
Janeiro de 2012 fosse apresentado à Câmara Municipal de Beja um novo pedido de
apoio centrado no desenvolvimento de nova fase de investigação do sítio e da
região onde se insere, dando cumprimento a um dos objetivos estabelecidos em
2008, que visava a criação de um programa geral de investigação após uma fase
de avaliação das potencialidades do sítio arqueológico.
O programa sugerido para a
intervenção a realizar entre 2012 e 2015 pressupunha uma nova abordagem ao
Outeiro do Circo e a outros sítios da Idade do Bronze localizados nas
proximidades, englobando a criação de áreas visitáveis ao público, fator
determinante para garantir o interesse sobre o projeto através da conquista de
novos públicos e permitindo o surgimento de uma mais valia patrimonial na
região.
Os aspetos relacionados com a
divulgação e as ações sociais mereceram natural ênfase dado o relativo sucesso
atingido nos anos anteriores.
Em suma, a nova fase proposta
permitia um aumento da área de intervenção com naturais consequências em termos
de novos conhecimentos científicos, criação de espaços visitáveis, incremento
das ações de divulgação e educação patrimonial, entre outras. Tudo isto
cabimentado de acordo com os mesmos custos da fase anterior, através de uma
otimização e rentabilização dos meios colocados à disposição da equipa
científica.
Após um longo período sem
resposta em relação a este pedido, fomos informados no dia 15 de Junho que a
Câmara Municipal de Beja não estaria em condições de confirmar os apoios para o
presente ano.
O arranque de um novo projeto
teria sempre de ser devidamente organizado em tempo útil, pelo que a resposta
da Câmara Municipal de Beja apenas veio confirmar aquilo que já sabíamos ser
inevitável.
Sempre nos transmitiram o
interesse por parte do executivo neste projeto que esperamos que se mantenha
para uma nova oportunidade a surgir o mais brevemente possível.
Resta-nos garantir que manteremos
o interesse e persistência para recuperar tempo perdido e voltar ao Outeiro do
Circo no prazo mais curto possível. Aliás, haverá um retorno constante e em
breve para realizar outras atividades no Outeiro do Circo, quer as que já se
encontram agendadas, quer outras que ainda estamos a organizar ou outras ainda que
surjam oportunamente.
O impacto deste projeto junto da
comunidade local é o garante da nossa vontade de realizar todas as ações possíveis,
mesmo sem os apoios desejáveis. E é com essa certeza que entre Julho e Outubro
iremos realizar algumas visitas organizadas, ações de formação e oficinas de
arqueologia experimental.
Resta-nos agradecer o apoio de
todos os que participaram neste projeto, desde os colaboradores mais diretos,
aos voluntários, os diversos investigadores de várias áreas, aos amigos, às entidades parceiras, à
população de Mombeja pelo seu carinho e amizade e a todos os que contribuíram
para o sucesso alcançado.
Acreditamos convictamente que se
tratará apenas de uma breve interrupção, que tentaremos minimizar neste espaço,
dando conta dos diversos resultados que ainda esperamos alcançar durante este
ano, como por exemplo no caso das análises no domínio das arqueociêcnias e
outras atividades que se consigam realizar.
Coimbra e Lisboa (com o
pensamento em Mombeja), 16 de Junho de 2012
Miguel Serra e Eduardo Porfírio
Responsáveis do Projeto Outeiro
do Circo.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
A ocupação do território 3
Corte da Azenha (Santa Vitória) – necrópole de cistas do
Bronze Médio
Esta necrópole foi detetada em Dezembro de 1949 durante a realização de trabalhos agrícolas que expuseram algumas lajes pertencentes a diversas cistas. Em 1951 seria intervencionada por Abel Viana e Álvaro-João de Brée que escavaram três cistas ditas de “tipo argárico” (Viana, 1954: 19). Uma das cistas ainda possibilitou a recuperação de um dente humano e um vaso esférico, enquanto que as restantes duas já não possuíam espólio.
Pouco mais sabemos acerca desta necrópole, uma vez que não teve intervenções posteriores, apesar de Abel Viana e Fernando Nunes Ribeiro alguns anos mais tarde num artigo de síntese dedicado às “Necrópoles Argáricas de Santa Vitória” a mencionarem a propósito da sua curta distância em relação às Minas da Juliana (dista cerca de 3 Km), procurando uma eventual relação entre a sua localização e a importância da existência da mineração do cobre, fator que poderia ter contribuído para a concentração de várias necrópoles de cistas nas zonas de Ervidel, Santa Vitória e Mombeja (Viana e Ribeiro, 1956: 157).
VIANA, A. e RIBEIRO, F. N. (1956) – Notas históricas, arqueológicas e etnográficas do baixo Alentejo. Arquivo de Beja. Beja. 13, p. 110-167
Localização do monte Corte d`Azinha na CMP 1:25000, folha 530 (Santa Vitória)
A necrópole de cistas de Corte d`Azinha, por vezes
mencionada como Corte da Azenha, situa-se na freguesia de Santa Vitória, não
sendo possível precisar a sua localização exata, uma vez que Abel Viana apenas
nos indica que esta se situa “…em uma
ladeira próxima do monte da Corte d`Azinha…” (Viana, 1954: 19).
Integra o núcleo de necrópoles do Bronze Médio que
se concentra ao longo das Ribeiras do Roxo e da Chaminé (Parreira, 1998: 270).
Esta necrópole foi detetada em Dezembro de 1949 durante a realização de trabalhos agrícolas que expuseram algumas lajes pertencentes a diversas cistas. Em 1951 seria intervencionada por Abel Viana e Álvaro-João de Brée que escavaram três cistas ditas de “tipo argárico” (Viana, 1954: 19). Uma das cistas ainda possibilitou a recuperação de um dente humano e um vaso esférico, enquanto que as restantes duas já não possuíam espólio.
Pouco mais sabemos acerca desta necrópole, uma vez que não teve intervenções posteriores, apesar de Abel Viana e Fernando Nunes Ribeiro alguns anos mais tarde num artigo de síntese dedicado às “Necrópoles Argáricas de Santa Vitória” a mencionarem a propósito da sua curta distância em relação às Minas da Juliana (dista cerca de 3 Km), procurando uma eventual relação entre a sua localização e a importância da existência da mineração do cobre, fator que poderia ter contribuído para a concentração de várias necrópoles de cistas nas zonas de Ervidel, Santa Vitória e Mombeja (Viana e Ribeiro, 1956: 157).
Bibliografia:
PARREIRA, R. (1998) – As
arquitecturas como factor de construção da paisagem do Alentejo Interior. in, Existe
uma Idade do Bronze Atlântico, Trabalhos
de Arqueologia. Instituto Português de Arqueologia. Lisboa, 10, p. 267-273
VIANA, A. (1954) – Notas históricas,
arqueológicas e etnográficas do Baixo Alentejo. Arquivo de Beja. Beja. 11, p. 3-31
As cistas de Corte da Azenha estão indicadas com as letras B, C e D (retirado de Viana e Ribeiro, 1956: 164).
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