Arroteia 6 (Mombeja) – Povoado aberto de planície do Bronze Final
O sítio arqueológico de Arroteia 6 já foi várias vezes mencionado neste espaço, mas voltamos a referi-lo, agora de forma mais sintética, de modo a integrar a secção dedicada à ocupação do território envolvente do Outeiro do Circo ao longo do II e I milénios antes da nossa era.
O povoado de Arroteia 6 localiza-se a cerca de 1 km a Este da aldeia de Mombeja e está implantado sobre uma plataforma plana de morfologia oval, rodeada por pequenos cursos de água sazonais, entre as cotas 236 m e 224 m.
Este sítio foi detetado durante o acompanhamento de obras a cargo da empresa Palimpsesto, Lda., no âmbito de um projeto de abastecimento de águas às freguesias rurais de Santa Vitória, Mombeja e Beringel.
O principal vestígio correspondia a um silo/fossa que forneceu diversos materiais, entre os quais se destaca um conjunto de taças carenadas com paralelos tipológicos enquadráveis na Idade do Bronze Final.
A análise espacial e morfológica da envolvência da área de intervenção, permitiu verificar que estes vestígios se podem integrar no grupo dos povoados abertos de planície da Idade do Bronze, com características similares a outros recentemente identificados nas vizinhas regiões de Beringel e Trigaches (Antunes et al, no prelo; Baptista, 2010). À semelhança destes locais, a estratégia de implantação de Arroteia 6, privilegiou uma plataforma de morfologia elipsoidal, próxima de linhas de água sazonais, constituída por solos férteis integráveis nos conhecidos “Barros Negros”.
Apesar da intervenção arqueológica ter detetado um número reduzido de contextos arqueológicos situados no limite desta área, a ocupação original poderá ter abrangido grande parte ou a totalidade desta plataforma de relevo aplanado e uniforme.
Considerando a relativa proximidade em relação ao Outeiro do Circo (cerca de 1 km em linha reta, apesar de não existir visibilidade entre ambos) será de supor que Arroteia 6 poderá corresponder a um pequeno povoado sazonal de caracter marcadamente agrícola e dependente do povoado fortificado principal que assumiria a gestão e exploração de um vasto e rico território (Porfírio e Serra, no prelo).
Bibliografia:
ANTUNES, A. S., DEUS, M. de, SOARES, A. M., SANTOS, F., ARÊZ, L., DEWULF, J., BAPTISTA, L. e OLIVEIRA, L. (no prelo) – Povoados abertos do Bronze Final no Médio Guadiana. Comunicação apresentada no encontro Sidereum Ana II, Maio de 2008.
BAPTISTA, L. (2010) – The Late Prehistory of the watershed of the Ribeiras do Pisão e Álamo (Beja, South Portugal): a research programme. Journal of Iberian Archaeology. Porto. 13, p. 69-84
PORFÍRIO, E. e SERRA, M. (no prelo) – Arroteia 6 (Mombeja – Beja) no contexto da Idade do Bronze do Sudoeste Peninsular. Poster apresentado no V Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular, Novembro de 2010.
O sítio arqueológico de Arroteia 6 já foi várias vezes mencionado neste espaço, mas voltamos a referi-lo, agora de forma mais sintética, de modo a integrar a secção dedicada à ocupação do território envolvente do Outeiro do Circo ao longo do II e I milénios antes da nossa era.
O povoado de Arroteia 6 localiza-se a cerca de 1 km a Este da aldeia de Mombeja e está implantado sobre uma plataforma plana de morfologia oval, rodeada por pequenos cursos de água sazonais, entre as cotas 236 m e 224 m.
Este sítio foi detetado durante o acompanhamento de obras a cargo da empresa Palimpsesto, Lda., no âmbito de um projeto de abastecimento de águas às freguesias rurais de Santa Vitória, Mombeja e Beringel.
O principal vestígio correspondia a um silo/fossa que forneceu diversos materiais, entre os quais se destaca um conjunto de taças carenadas com paralelos tipológicos enquadráveis na Idade do Bronze Final.
A análise espacial e morfológica da envolvência da área de intervenção, permitiu verificar que estes vestígios se podem integrar no grupo dos povoados abertos de planície da Idade do Bronze, com características similares a outros recentemente identificados nas vizinhas regiões de Beringel e Trigaches (Antunes et al, no prelo; Baptista, 2010). À semelhança destes locais, a estratégia de implantação de Arroteia 6, privilegiou uma plataforma de morfologia elipsoidal, próxima de linhas de água sazonais, constituída por solos férteis integráveis nos conhecidos “Barros Negros”.
Apesar da intervenção arqueológica ter detetado um número reduzido de contextos arqueológicos situados no limite desta área, a ocupação original poderá ter abrangido grande parte ou a totalidade desta plataforma de relevo aplanado e uniforme.
Considerando a relativa proximidade em relação ao Outeiro do Circo (cerca de 1 km em linha reta, apesar de não existir visibilidade entre ambos) será de supor que Arroteia 6 poderá corresponder a um pequeno povoado sazonal de caracter marcadamente agrícola e dependente do povoado fortificado principal que assumiria a gestão e exploração de um vasto e rico território (Porfírio e Serra, no prelo).
Bibliografia:
ANTUNES, A. S., DEUS, M. de, SOARES, A. M., SANTOS, F., ARÊZ, L., DEWULF, J., BAPTISTA, L. e OLIVEIRA, L. (no prelo) – Povoados abertos do Bronze Final no Médio Guadiana. Comunicação apresentada no encontro Sidereum Ana II, Maio de 2008.
BAPTISTA, L. (2010) – The Late Prehistory of the watershed of the Ribeiras do Pisão e Álamo (Beja, South Portugal): a research programme. Journal of Iberian Archaeology. Porto. 13, p. 69-84
PORFÍRIO, E. e SERRA, M. (no prelo) – Arroteia 6 (Mombeja – Beja) no contexto da Idade do Bronze do Sudoeste Peninsular. Poster apresentado no V Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular, Novembro de 2010.
Localização de Arroteia 6
Arroteia 6. Vista Geral. O sítio ocupa a área lavrada ao centro da imagem
Arroteia 6. Sondagem 1. Aspeto dos trabalhos na fossa/silo
Arroteia 6. Sondagem 1. Fundos de taças carenadas depositados in situ
Arroteia 6. Sondagem 1. Perfil Oeste da fossa/silo
Arroteia 6. Sondagem 2.
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