Último dia da campanha de 2011. Em jeito de balanço podemos considerar como muito positiva a intervenção deste ano, quer pelo cumprimento integral dos objectivos propostos quer pelos resultados obtidos.
O maior esforço foi canalizado para a finalização da sondagem 1 que acabou por revelar algumas surpresas agradáveis.
Assim, conseguiu-se atingir o substrato geológico na zona baixa do talude, enquanto que na restante área da sondagem atingiu-se uma camada de argilas avermelhadas que deverá corresponder ao nível de solo existente quando as comunidades da Idade do Bronze se instalaram no local.
A primeira intervenção humana que se detecta no Outeiro do Circo corresponde à abertura de um fosso de dimensões razoáveis na zona baixa do talude e que poderá significar uma tentativa inicial de cercar este espaço e individualizá-lo.
Julgamos que este fosso terá sido desactivado devido a problemas relacionados com aluimentos de terras, como se parece observar na estratigrafia do seu enchimento, levando à sua colmatação e à aplicação de uma engenhosa solução construtiva que passou pela criação de uma rampa de barro cozido na encosta, de modo a consolidar as terras argilosas, por cima da qual se aplicou uma outra camada de terras de caliço que asseguram maior consistência a toda esta rampa. Para garantir mais solidez ainda se reforçou o enchimento do fosso com terra e pedras garantido a contenção necessário ao peso exercido pelas terras colocadas na encosta.
Sobre esta base sólida, que na zona mais plana do topo assume a forma de uma verdadeira plataforma de regularização, construiu-se muro de pequenas dimensões, mas de aspecto compacto e bem construído, composto por dois alinhamentos paralelos em pedra de média dimensão travada por cunhos verticais, com o espaço interior preenchido por pedra miúda e terra, configurando um possível alicerce para outra estrutura em terra que se lhe sobreporia.
Entre o paramento interno deste muro e o limite da sondagem para o interior do povoado detectaram-se vários níveis arqueológicos que possuíam enorme quantidade de cerâmica e de restos de fauna, podendo significar que estamos perante uma área de preparação de alimentos ou mesmo numa zona habitacional.
Com o fim dos trabalhos deste ano dá-se também por terminada aquela que considerámos como uma pequena fase de avaliação do Outeiro do Circo. O conjunto de dados alcançados permite-nos considerar nova etapa de projecto a partir do próximo ano com o intuito de intervir no interior do povoado e em outros sítios do território envolvente.
Por último queremos expressar o nosso sincero agradecimento a todos os voluntários que participaram nesta campanha, pelo seu emprenho, dedicação e demonstração de qualidade. Assim, agradecemos a presença de: Carlos Pires, Rita Leal, Daniela Ferreira, Filipe Vaz, Maria João Marques, Ana Jesus e André Gatões. Também queremos deixar o nosso obrigado aos diversos amigos que se juntaram à equipa quer num animado fim-de-semana de trabalho quer de forma pontual ao longo de todo o mês. O nosso obrigado a: José Inverno, Rafael Ortiz, Maria Luz Sánchez, Michelle Santos e André Gregório. Queremos também deixar um especial destaque nos agradecimentos a Ana Osório, quer apesar de se encontrar muito atarefada com a finalização da sua tese de doutoramento, ainda consegui reunir-se a nós para em mais um ano nos proporcionar, como sempre, novas formas de ver o sítio e trazer pontos de vista diferentes na discussão sobre a interpretação do Outeiro do Circo e ao André Santos que atravessou meio país para nos ajudar no levantamento de arte rupestre, pois sem ele não nos teria sido possível concretizar esse objectivo. Uma palavra especial também para a Sofia Silva e para a Diana Fernandes que em mais um ano mostraram a habitual entrega, assumindo muitas vezes tarefas e responsabilidades superiores ao que seria correcto exigir-lhes e talvez por isso e muito mais este projecto não seria o mesmo sem a sua presença.
Agora sim, para terminar, outro agradecimento sincero à população de Mombeja por mais um ano de caloroso acolhimento e boa disposição.
O maior esforço foi canalizado para a finalização da sondagem 1 que acabou por revelar algumas surpresas agradáveis.
Assim, conseguiu-se atingir o substrato geológico na zona baixa do talude, enquanto que na restante área da sondagem atingiu-se uma camada de argilas avermelhadas que deverá corresponder ao nível de solo existente quando as comunidades da Idade do Bronze se instalaram no local.
A primeira intervenção humana que se detecta no Outeiro do Circo corresponde à abertura de um fosso de dimensões razoáveis na zona baixa do talude e que poderá significar uma tentativa inicial de cercar este espaço e individualizá-lo.
Julgamos que este fosso terá sido desactivado devido a problemas relacionados com aluimentos de terras, como se parece observar na estratigrafia do seu enchimento, levando à sua colmatação e à aplicação de uma engenhosa solução construtiva que passou pela criação de uma rampa de barro cozido na encosta, de modo a consolidar as terras argilosas, por cima da qual se aplicou uma outra camada de terras de caliço que asseguram maior consistência a toda esta rampa. Para garantir mais solidez ainda se reforçou o enchimento do fosso com terra e pedras garantido a contenção necessário ao peso exercido pelas terras colocadas na encosta.
Sobre esta base sólida, que na zona mais plana do topo assume a forma de uma verdadeira plataforma de regularização, construiu-se muro de pequenas dimensões, mas de aspecto compacto e bem construído, composto por dois alinhamentos paralelos em pedra de média dimensão travada por cunhos verticais, com o espaço interior preenchido por pedra miúda e terra, configurando um possível alicerce para outra estrutura em terra que se lhe sobreporia.
Entre o paramento interno deste muro e o limite da sondagem para o interior do povoado detectaram-se vários níveis arqueológicos que possuíam enorme quantidade de cerâmica e de restos de fauna, podendo significar que estamos perante uma área de preparação de alimentos ou mesmo numa zona habitacional.
Com o fim dos trabalhos deste ano dá-se também por terminada aquela que considerámos como uma pequena fase de avaliação do Outeiro do Circo. O conjunto de dados alcançados permite-nos considerar nova etapa de projecto a partir do próximo ano com o intuito de intervir no interior do povoado e em outros sítios do território envolvente.
Por último queremos expressar o nosso sincero agradecimento a todos os voluntários que participaram nesta campanha, pelo seu emprenho, dedicação e demonstração de qualidade. Assim, agradecemos a presença de: Carlos Pires, Rita Leal, Daniela Ferreira, Filipe Vaz, Maria João Marques, Ana Jesus e André Gatões. Também queremos deixar o nosso obrigado aos diversos amigos que se juntaram à equipa quer num animado fim-de-semana de trabalho quer de forma pontual ao longo de todo o mês. O nosso obrigado a: José Inverno, Rafael Ortiz, Maria Luz Sánchez, Michelle Santos e André Gregório. Queremos também deixar um especial destaque nos agradecimentos a Ana Osório, quer apesar de se encontrar muito atarefada com a finalização da sua tese de doutoramento, ainda consegui reunir-se a nós para em mais um ano nos proporcionar, como sempre, novas formas de ver o sítio e trazer pontos de vista diferentes na discussão sobre a interpretação do Outeiro do Circo e ao André Santos que atravessou meio país para nos ajudar no levantamento de arte rupestre, pois sem ele não nos teria sido possível concretizar esse objectivo. Uma palavra especial também para a Sofia Silva e para a Diana Fernandes que em mais um ano mostraram a habitual entrega, assumindo muitas vezes tarefas e responsabilidades superiores ao que seria correcto exigir-lhes e talvez por isso e muito mais este projecto não seria o mesmo sem a sua presença.
Agora sim, para terminar, outro agradecimento sincero à população de Mombeja por mais um ano de caloroso acolhimento e boa disposição.
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