Já se encontra disponível o programa final do Congresso SOPA - XII Congreso Internacional de Socialización do Patrimonio no Medio Rural, que irá decorrer entre os dias 2 e 8 de Setembro, em diversas localidades nas Serras Meridionais da Galiza, provincia de Ourense.
O Congresso SOPA celebra-se anualmente, com o objetivo de explorar novas formas de abordar a relação entre património e comunidade, partilhar memórias coletivas e promover o intercâmbio entre conhecimentos diversos e processos de construção do conhecimento.
Este congresso internacional já percorreu países como México, Colômbia, Chile, Argentina, Portugal e Espanha e a edição de 2024 conta com contributos muito diversificados e de várias proveniências como Espanha, Portugal, Argentina, México, Chile, Colômbia, Alemanha, Grécia, Guiné Bissau, para além de debates, contos, cinema documental, arqueoastronomia, visitas patrimoniais e espetáculos musicais,
Programa: AQUI
O Projeto Outeiro do Circo participa com uma comunicação no dia 6 de Setembro, intitulada "Apropriação, Arte, Criatividade. Do Projeto Arqueológico do Outeiro do Circo (Beja, Portugal) para a(s) comunidade(s)", a cargo de Miguel Serra e Eduardo Porfírio, da qual aqui deixamos o resumo:
Pode uma cerâmica ser “transformada” em chocolate?! Pode o vento servir para criar música?! Pode uma lenda esquecida dar vida a um sítio abandonado?!
O Projeto Arqueológico do Outeiro do Circo (Beja, Portugal) desenvolve ações de investigação desde 2008 no povoado da Idade do Bronze Final com o mesmo nome, situado numa pequena colina rodeada da planície alentejana. A par e passo da componente de investigação desenvolve-se um vasto programa de Educação Patrimonial, que tem procurado atuar junto das comunidades mais próximas, mas também de públicos muito distintos.
Um dos grandes objetivos que se pretendeu alcançar com a dinâmica de sociabilização do património passou por dotar as comunidades locais de autonomia para usufruírem do conhecimento produzido sobre o sítio arqueológico.
Assim, ao longo dos anos sucederam-se formas de apropriação dos conteúdos disponibilizados para criação de novas formas de expressão ou de utilização do sítio arqueológico, seja através de criação artística ou mesmo da conceção de novos produtos ou outras formas de olhar criativas.
Pretende-se apresentar uma síntese das atividades de divulgação dirigidas para as diferentes comunidades que têm usufruído do Outeiro do Circo e mostrar alguns exemplos de como vários agentes têm desenvolvido as suas próprias ações inspiradas no sítio arqueológico. De como uma simples peça cerâmica decorada serve de motivação para a criação de um chocolate por parte de uma empresa local, ou de como o vento que varre o topo da colina onde viveram as comunidades de há 3000 anos serve para criar um projeto musical, ou ainda de como um sítio arqueológico que até há cerca de 15 anos permanecia esquecido é agora palco de uma prova desportiva que se apropriou do seu nome e leva centenas de atletas a percorrerem o mesmo território das gentes da Idade do Bronze.
Palavras-chave: Idade do Bronze; Educação Patrimonial; Divulgação; Alentejo.
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