O Projecto Outeiro do Circo, dedicado ao estudo e divulgação da Idade do Bronze na região de Beja, irá realizar a última campanha de escavações arqueológicas no âmbito do actual projecto iniciado em 2014. Os trabalhos decorrerão entre 31 de Julho e 26 de Agosto.
O Outeiro do Circo, um dos maiores povoados fortificados da Idade do Bronze Final (1250-850 a.C.) da Península Ibérica, é alvo de trabalhos arqueológicos desde 2008 que se têm centrado quer no estudo das suas vastas muralhas, quer no espaço habitacional.
A campanha arqueológica de 2017 conta com a participação de arqueólogos e estudantes de arqueologia de várias universidades portuguesas e espanholas.
Ao longo do mês de Agosto serão desenvolvidas várias actividades paralelas, como visitas guiadas às escavações e sessões dirigidas a jovens em programas de férias para além do já habitual ciclo de conferências sobre arqueologia que terá lugar no Núcleo Museológico da Rua do Sembrano em Beja.
Em simultâneo com os trabalhos de campo irão decorrer as gravações de um documentário a cargo da realizadora colombiana Andrea Mendoza, centrado nas intervenções arqueológicas no Outeiro do Circo e na sua relação com as comunidades locais. A presença da realizadora em Beja será também o mote para a exibição de outros documentários por ela produzidos em diversas partes do mundo, desde os Himalaias, à África do Sul, sobre temas tão variados como a Beleza ou a Liberdade. As datas das exibições serão anunciadas em breve.
Destaque ainda para a projecção do documentário "Outeiro do Circo: o guardião da planície", da autoria de Manuel Monteiro, em Mombeja e Santa Vitória, localidades que acolherão também a exposição "Gestos ancestrais! Objectos de ontem e de hoje" que junta artefactos recolhidos no Outeiro do Circo e alguns objectos contemporâneos seus equivalentes.
O Projecto Outeiro do Circo é organizado em parceria pela Câmara Municipal de Beja e pela empresa Palimpsesto contando com o apoio da União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista, da União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja, do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa e da Força Aérea Portuguesa.
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