Chegou ao fim mais uma campanha de escavações no Outeiro do Circo...pelo menos no que ao trabalho de campo diz respeito!
Nesta 4ª e última semana intensificou-se o ritmo dos trabalhos de modo a concluir algumas das áreas intervencionadas e preparar outras para registo e selagem.
A sondagem 8 continua a ser aquela que cria maior expectativa devido ao aparecimento de materiais diversos, destacando-se a presença de grande número de fragmentos cerâmicos, mas também de ossos de animais e pequenos blocos de barro cozido.
Nesta última semana ainda houve tempo para iniciar o desmonte dos elementos pétreos que poderão corresponder ao derrube de algum tipo de estrutura relacionada com a muralha, mas só com o retomar das escavações arqueológicas no próximo ano é que se poderá esclarecer esta hipótese.
Também na sondagem 7, o nível em que se terminou a escavação nesta campanha já começa a revelar a presença de alinhamentos pétreos e de grande quantidade de fragmentos cerâmicos a mais de um metro de profundidade, o que gera naturais expectativas de que existam níveis e estruturas preservados uma vez que as lavouras mecânicas não atingem estas cotas.
A sondagem 11 ficou totalmente concluída e mais uma vez verificou-se a escassez de potência de solos existente na faixa central do povoado, mesmo neste local já mais aplanado e de menor altitude. No entanto, esta sondagem revelou-se importante para esclarecer a natureza do alinhamento de pedras que divide longitudinalmente o povoado e que de facto corresponde a uma divisão de propriedade de época moderna/contemporânea, pois as pedras do alinhamento assentavam directamente sobre uma fina camada de terras que se sobrepunha ao substrato geológico e não revelavam várias sequências de colocação de pedras devidamente sedimentadas.
Os últimos dias de trabalhos de campo ficaram guardados para os registos finais e para a selagem provisória das sondagens que irão ser retomadas na próxima campanha em 2017, a última do presente projecto.
Em paralelo com os trabalhos de campo contámos com a presença do nosso colaborador Samuel Neves (SPN - Engenharia e Geofísica) que se deslocou ao Outeiro do Circo para testar as potencialidades da detecção remota com recurso a câmaras térmicas e cujos resultados serão posteriormente comparados com os dados anteriormente obtidos com a fotointerpretação e a geofísica realizadas nas mesmas áreas de análise.
Aguardemos pois as novidades que poderão surgir em breve...
Também foi possível efectuar mais uma visita temática nesta última semana de trabalhos e que levou o grupo de voluntários até à cidade vizinha de Serpa, onde, após uma recepção por parte da Câmara Municipal de Serpa, houve oportunidade para conhecer o recentemente inaugurado Museu Arqueológico, seguido de um passeio pelo castelo e muralhas e naturalmente por algumas das ruas do centro histórico da cidade branca.
Esta semana ficou também marcada pela realização de duas conferências, a primeira da responsabilidade de Samuel Neves que mostrou a utilidade de diversos tipos de métodos não invasivos de detecção remota para a análise de estruturas arqueológicas soterradas.A curiosidade pelo potencial de utilização de alguns dos métodos apresentados levou a um animado debate com vários dos cerca de 20 assistentes.
A última sessão do Ciclo de Conferências Outeiro do Circo 2016 ficou a cargo de Rui Mataloto, arqueólogo da Câmara Municipal do Redondo e investigador que se debruça sobre várias temáticas da pré-história recente e proto-história do Sul de Portugal e que neste caso nos veio falar sobre as imensas novidades surgidas no território de Beja durante a Idade do Ferro, contextualizando devidamente com o conhecimento produzido em outras regiões limítrofes. A apresentação contou com cerca de 30 interessados que mais uma vez proporcionaram um interessante debate.
Por último, o nosso MUITO OBRIGADO a todos os que contribuíram para uma grande campanha arqueológica neste Verão de 2016.
Aos nossos voluntários: Mladen Rachev, Victor Almiron, Denise Lima, Kate Leonard, Laura Pascual, Natalia Garcia, Oscar Villanueva, Luís Machado, Bruno Reginaldo, Luís Laceiras, Irene Faza, Miguel Rodrigues, Ana Ribeiro e Manuel Monteiro por todo o empenho, dedicação e alegria para além do desejo que possam regressar para o próximo ano.
Aos outros "voluntários" que arranjaram tempo e motivação para vir trabalhar connosco durante alguns dias, mesmo sob um calor abrasador: Carlos Rocha, Arminda Horta (e filha) e Ana Costa.
À Sofia Silva por ser a "verdadeira" coordenadora dos trabalhos...
Aos conferencistas que rapidamente aceitaram o nosso repto: António Carlos Valera, Kate Leonard, António Monge Soares, Samuel Neves, Rui Mataloto. E ao Ignacio Pavón Soldevilla que não pôde estar presente por motivos pessoais mas que rapidamente se prontificou a vir a Beja numa outra ocasião e que seguramente trataremos que aconteça.
Aos motoristas da Câmara Municipal de Beja e ao João Costa da União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista pela paciência com os nossos constantes atrasos e aos restantes trabalhadores da união de freguesias que prepararam o terreno para desenvolvermos o nosso trabalho.
Aos elementos da Câmara Municipal de Beja que apoiaram as várias iniciativas, como as conferências e os ateliers, para além de toda a logística e trabalhos preparatórios: Teresa Brinca, Teresa Guerreiro, Tânia Matias, Telma Martelo, Ana Baltazar e Rui Aldegalega.
Ao Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança que forneceu as refeições à equipa de escavação entre os seus muitos afazeres.
Aos responsáveis dos vários ATL`s que nos visitaram e que continuam a mostrar de forma clara que vale a pena continuar a nossa aposta no programa educativo do Outeiro do Circo: Academia de Ginástica Zona Azul, ATL do Penedo Gordo, Be-Happy e Associação Juvenil Arruaça.
Ao João Chinita e ao Samuel Neves por colocarem de forma desinteressada e voluntária algumas novas tecnologias (DRONES!) ao serviço do Outeiro do Circo.
À Câmara Municipal de Serpa na pessoa da Arqt.ª Maria Manuel Oliveira pela recepção e apoio na visita que a equipa do Outeiro do Circo fez ao Museu Arqueológico de Serpa e ao Castelo.
À Santa Casa da Misericórdia de Beja e aos seus funcionários pela excelente visita guiada que nos proporcionaram no Hospital da Misericórdia.
Ao Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança que forneceu as refeições à equipa de escavação entre os seus muitos afazeres.
Aos responsáveis dos vários ATL`s que nos visitaram e que continuam a mostrar de forma clara que vale a pena continuar a nossa aposta no programa educativo do Outeiro do Circo: Academia de Ginástica Zona Azul, ATL do Penedo Gordo, Be-Happy e Associação Juvenil Arruaça.
Ao João Chinita e ao Samuel Neves por colocarem de forma desinteressada e voluntária algumas novas tecnologias (DRONES!) ao serviço do Outeiro do Circo.
À Câmara Municipal de Serpa na pessoa da Arqt.ª Maria Manuel Oliveira pela recepção e apoio na visita que a equipa do Outeiro do Circo fez ao Museu Arqueológico de Serpa e ao Castelo.
À Santa Casa da Misericórdia de Beja e aos seus funcionários pela excelente visita guiada que nos proporcionaram no Hospital da Misericórdia.
E por fim às instituições que suportam este Projecto, à Câmara Municipal de Beja e em particular à vereadora Sónia Calvário por se envolver de forma muito directa em todas as iniciativas que dizem respeito ao Outeiro do Circo, à União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista, na pessoa do seu presidente Miguel Ramalho que desde o início acolheu este projecto como seu, à Força Aérea Portuguesa - Base Aérea n.º11 por mais uma vez ceder instalações para a estadia da equipa e aos nossos colegas da Palimpsesto pela constante paciência para com a nossa dedicação ao Outeiro do Circo.
E esperamos sinceramente não nos termos esquecido de ninguém...
E esperamos sinceramente não nos termos esquecido de ninguém...