Prossegue hoje o Ciclo de Conferências Outeiro do Circo 2015 às 18:00, na Cooperativa Proletário Alentejano (Largo dos Duques de Beja, 7, Beja). Esta sessão estará a cargo de António Monge Soares (C2TN/IST/Universidade de Lisboa) com o tema "A metalurgia pré e proto-histórica do ouro no Sudoeste português"
Perdigões
Ratinhos
Resumo:
Dois
conjuntos de jóias de ouro, um dos inícios da metalurgia deste metal (entre
2500 e 2000 a.C.) e outro da Idade do Ferro (séc. VII a.C.), ambos encontrados
em escavações arqueológicas, serão objecto de análise.
Quanto
ao primeiro, o mais antigo, encontrado numa sepultura megalítica nos Perdigões
(Reguengos de Monsaraz), as análises efectuadas peritiram verificar a
utilização de um ouro aluvial muito puro, o qual sofreu um processo termomecânico
que permitiu a obtenção de lâminas extremamente finas.
O
segundo conjunto, encontrado no Castro dos Ratinhos (junto à Barragem do
Alqueva) e constituido por botões de ouro, é testemunho de uma metalurgia mais
evoluida. Além disso, a tipologia e a composição química destas últimas jóias
são muito semelhantes às de outros botões de ouro, com a mesma cronologia,
encontrados próximo de Portalegre e de Torres Vedras. Todas estas semelhanças
indiciam a existência de uma mesma oficina para a manufactura destes três
conjuntos de botões de ouro.
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