Na sondagem 1 prossegue a remoção de um grande enchimento de terras misturadas com caliço geológico, que já havia sido escavado no ano anterior na área onde cobria o nível de barro cozido. Este enchimento, com cerca de 60 cm de espessura, poderá tratar-se de uma regularização do terreno que ao mesmo tempo serviria para consolidar a encosta, permitindo a criação de uma plataforma nivelada para receber a construção do muro superior.
Este tipo de solução construtiva, para além de engenhosa e pragmática, demonstra uma elevada capacidade de organização do trabalho por parte da comunidade instalada no Outeiro do Circo.
Na área inferior da sondagem o fosso começa a apresentar dimensões nada coincidentes com a nossa hipótese anterior, onde julgávamos que este pudesse servir como sistema de condução de águas. A sua largura, profundidade e forte enchimento de pedra e terras é sinal de uma intencionalidade diferente que interpretamos agora como directamente relacionada com o restante conjunto do talude estruturado.
Talvez se trate de uma estrutura anterior, como aliás já havíamos proposto, mas que faria parte de um dispositivo defensivo mais antigo e que teria problemas provocados pelo deslizamento de terras para o seu interior. O nível de argilas que serve de base ao barro cozido (que por sua vez está directamente sobre o primeiro nível de pedras do fosso) parece ter aluído para o interior do fosso, com uma orientação idêntica à pendente escavada no geológico. Posteriormente terá sido desactivado e preenchido com uma forte colmatação de pedras, cujas terras apresentam um tom mais escuro e portanto não estarão relacionadas com as argilas que se terão desprendido da encosta.
Outra hipótese em aberto seria o facto de este fosso ter servido para a extracção dos caliços que iriam servir para a colmatação do barro cozido, no entanto como o nível de barro cozido se sobrepõe à abertura na rocha do fosso não parece ser uma proposta muito viável, a não ser que se tenha em conta a possibilidade de se tratar de uma zona de derrube do barro cozido que mais uma vez devido aos deslizamentos provocados por estes terrenos bastante plásticos acabaria por colmatar o topo do fosso.
O facto de continuarem a ser detectados escassos fragmentos cerâmicos em todo o enchimento permite esperar que seja possível identificar algumas formas que ajudem a compreender a sequência cronológica destas acções.
Cabe-nos ainda assinalar a presença de um grande número de visitas, com destaque para a presença do executivo municipal e de freguesia e ainda um agradecimento a António Monge Soares e Paulo Félix, que proporcionam sempre discussões agradáveis e pertinentes sobre diversos aspectos e pormenores da intervenção no Outeiro do Circo.
Este tipo de solução construtiva, para além de engenhosa e pragmática, demonstra uma elevada capacidade de organização do trabalho por parte da comunidade instalada no Outeiro do Circo.
Na área inferior da sondagem o fosso começa a apresentar dimensões nada coincidentes com a nossa hipótese anterior, onde julgávamos que este pudesse servir como sistema de condução de águas. A sua largura, profundidade e forte enchimento de pedra e terras é sinal de uma intencionalidade diferente que interpretamos agora como directamente relacionada com o restante conjunto do talude estruturado.
Talvez se trate de uma estrutura anterior, como aliás já havíamos proposto, mas que faria parte de um dispositivo defensivo mais antigo e que teria problemas provocados pelo deslizamento de terras para o seu interior. O nível de argilas que serve de base ao barro cozido (que por sua vez está directamente sobre o primeiro nível de pedras do fosso) parece ter aluído para o interior do fosso, com uma orientação idêntica à pendente escavada no geológico. Posteriormente terá sido desactivado e preenchido com uma forte colmatação de pedras, cujas terras apresentam um tom mais escuro e portanto não estarão relacionadas com as argilas que se terão desprendido da encosta.
Outra hipótese em aberto seria o facto de este fosso ter servido para a extracção dos caliços que iriam servir para a colmatação do barro cozido, no entanto como o nível de barro cozido se sobrepõe à abertura na rocha do fosso não parece ser uma proposta muito viável, a não ser que se tenha em conta a possibilidade de se tratar de uma zona de derrube do barro cozido que mais uma vez devido aos deslizamentos provocados por estes terrenos bastante plásticos acabaria por colmatar o topo do fosso.
O facto de continuarem a ser detectados escassos fragmentos cerâmicos em todo o enchimento permite esperar que seja possível identificar algumas formas que ajudem a compreender a sequência cronológica destas acções.
Cabe-nos ainda assinalar a presença de um grande número de visitas, com destaque para a presença do executivo municipal e de freguesia e ainda um agradecimento a António Monge Soares e Paulo Félix, que proporcionam sempre discussões agradáveis e pertinentes sobre diversos aspectos e pormenores da intervenção no Outeiro do Circo.
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