Povoado da Idade do Bronze na região de Beja revela muralhas únicas
Trabalhos arqueológicos no povoado do Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel – Beja) decorrem entre 1 e 26 de Agosto, incidindo sobre um troço de muralha com características únicas dentro da Idade do Bronze Final (1200 – 800 a.C.).
O projecto de investigação arqueológica, em curso desde 2008 já permitiu demonstrar as dimensões excepcionais deste povoado, que com cerca de 17 hectares delimitados por uma espessa dupla linha de muralhas, se afigura como um dos maiores da península ibérica para esta época.
Os trabalhos dirigidos pelos arqueólogos Miguel Serra e Eduardo Porfírio, membros da empresa Palimpsesto, Lda. e do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto, têm permitido abordagens diversas, como o estudo da fotografia aérea, a análise da morfologia do sítio e do seu território, as prospecções no terreno e a escavação de um troço de muralha.
O Outeiro do Circo assume assim um grande destaque no centro dos férteis “Barros Negros” de Beja, onde assumiria um papel de lugar central e capital desta região durante a Idade do Bronze, uma vez que na Idade do Ferro e sobretudo durante o período romano essa centralidade desloca-se para a colina onde se situa a cidade de Beja e que esta mantém até à actualidade.
A realização de projectos de construção de grandes infra-estruturas na região, como é o caso do Projecto Alqueva, permitiu a detecção de uma vasta rede de sítios da mesma época, localizados em zonas de planície que fariam a exploração deste território e que podemos considerar como pequenas aldeias ou quintas que antecederam o aparecimento do grande povoado do Outeiro do Circo.
Durante os trabalhos arqueológicos que se prolongam por todo o mês de Agosto irão efectuar-se diversas actividades, desde a realização de levantamentos de arte rupestre em algumas rochas gravadas no interior do Outeiro do Circo, prospecções ao longo de todo o perímetro de muralhas para determinar alguns aspectos particulares da sua construção e a continuação dos trabalhos de escavação num troço de muralha onde esta apresenta grande complexidade construtiva.
Diversos voluntários, entre os quais estudantes de arqueologia das universidades de Coimbra e Porto e arqueólogos profissionais de Portugal e Espanha, participam nos trabalhos, que poderão ainda incluir o envolvimento de estudantes do ensino secundário da região de Beja e elementos das comunidades locais.
À semelhança dos anos anteriores, manter-se-á um programa contínuo de visitas guiadas durante as escavações como forma de dar a conhecer à comunidade os principais resultados obtidos no decurso do projecto, mas também para ajudar a compreender a natureza dos trabalhos arqueológicos e sensibilizar as populações para a salvaguarda e protecção do património cultural encarado como factor de desenvolvimento local.
O Projecto Outeiro do Circo conta com o financiamento da Câmara Municipal de Beja e os apoios da Junta de Freguesia de Mombeja, Grupo Desportivo e Cultural de Mombeja, empresa de arqueologia Palimpsesto, Lda., empresa de topografia GET, Lda. e Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto.
Trabalhos arqueológicos no povoado do Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel – Beja) decorrem entre 1 e 26 de Agosto, incidindo sobre um troço de muralha com características únicas dentro da Idade do Bronze Final (1200 – 800 a.C.).
O projecto de investigação arqueológica, em curso desde 2008 já permitiu demonstrar as dimensões excepcionais deste povoado, que com cerca de 17 hectares delimitados por uma espessa dupla linha de muralhas, se afigura como um dos maiores da península ibérica para esta época.
Os trabalhos dirigidos pelos arqueólogos Miguel Serra e Eduardo Porfírio, membros da empresa Palimpsesto, Lda. e do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto, têm permitido abordagens diversas, como o estudo da fotografia aérea, a análise da morfologia do sítio e do seu território, as prospecções no terreno e a escavação de um troço de muralha.
O Outeiro do Circo assume assim um grande destaque no centro dos férteis “Barros Negros” de Beja, onde assumiria um papel de lugar central e capital desta região durante a Idade do Bronze, uma vez que na Idade do Ferro e sobretudo durante o período romano essa centralidade desloca-se para a colina onde se situa a cidade de Beja e que esta mantém até à actualidade.
A realização de projectos de construção de grandes infra-estruturas na região, como é o caso do Projecto Alqueva, permitiu a detecção de uma vasta rede de sítios da mesma época, localizados em zonas de planície que fariam a exploração deste território e que podemos considerar como pequenas aldeias ou quintas que antecederam o aparecimento do grande povoado do Outeiro do Circo.
Durante os trabalhos arqueológicos que se prolongam por todo o mês de Agosto irão efectuar-se diversas actividades, desde a realização de levantamentos de arte rupestre em algumas rochas gravadas no interior do Outeiro do Circo, prospecções ao longo de todo o perímetro de muralhas para determinar alguns aspectos particulares da sua construção e a continuação dos trabalhos de escavação num troço de muralha onde esta apresenta grande complexidade construtiva.
Diversos voluntários, entre os quais estudantes de arqueologia das universidades de Coimbra e Porto e arqueólogos profissionais de Portugal e Espanha, participam nos trabalhos, que poderão ainda incluir o envolvimento de estudantes do ensino secundário da região de Beja e elementos das comunidades locais.
À semelhança dos anos anteriores, manter-se-á um programa contínuo de visitas guiadas durante as escavações como forma de dar a conhecer à comunidade os principais resultados obtidos no decurso do projecto, mas também para ajudar a compreender a natureza dos trabalhos arqueológicos e sensibilizar as populações para a salvaguarda e protecção do património cultural encarado como factor de desenvolvimento local.
O Projecto Outeiro do Circo conta com o financiamento da Câmara Municipal de Beja e os apoios da Junta de Freguesia de Mombeja, Grupo Desportivo e Cultural de Mombeja, empresa de arqueologia Palimpsesto, Lda., empresa de topografia GET, Lda. e Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto.
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