quinta-feira, 31 de março de 2011

JIA 2011



O Projecto Outeiro do Circo estará presente nas IV Jornadas de Jovens em Investigação Arqueológica, a realizar entre 11 e 13 de Maio na Universidade do Algarve (Faro) com o seguinte tema apresentado sobre o formato de poster:


Material questions over a reddish layer in the Outeiro do Circo’s wall slope (Beja, Portugal)


Authors: Ana Osório (CEMUC/CEAUCP), Miguel Serra (Palimpsesto/CEAUCP) e Eduardo Porfírio (Palimpsesto/CEAUCP)


Key words: Late Bronze Age; fortification; building strategies; archaeometry


A noticeable structure traces a wide perimeter along the Late Bronze Age site of Outeiro do Circo (Beja). Previously studied in the 70’s and, more recently, through the analysis of local aerial photography this structure was interpreted as some type of settlement wall. Such studies lead to a field-project in 2008 to further question the site’s fortification system.


While excavating a trench, cutting through the wall’s slope, a strange layer of reddish, hard, earthen irregular blocks was uncovered, raising questions about its placing, forming and functionality. Why is there, on the slope, so much of this material? Was this layer hardened clay/soil or burnt ceramic? If it is burnt clay, which temperatures might it have attained? Can it be related to the phenomena of Late Bronze Age settlement Wall vitrification occurring in Europe or do the materials suggest other possible interpretations?


The collection of that reddish matter and of related soil samples and latter analysis through an integrated methodology based on Optical Microscopy, XRD (X-Ray Diffraction) and TG/DSC (Termogravimetry/ Differential Scanning Calorimetry) provides an array of useful information about their composition, similarities, differences and behavior with temperature. The comparison of data allows raising interesting possibilities for the interpretation of this structure in terms of human interaction with a specific landscape.




segunda-feira, 28 de março de 2011

II Jornadas de Pré e Proto-História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - 8

Idade do Bronze do Sudoeste: novas perspectivas sobre uma velha problemática
Centro Cultural D. Dinis – Coimbra
15 de Abril de 2011

09:00 – Entrega de documentação

09:15 – Sessão de Abertura

09:30 – Apresentação e objectivos


Sessão 1 – Historiografia do Bronze do Sudoeste: velhas perspectivas sobre uma problemática renovada


09:45 – Rui Parreira, Enquadramento historiográfico das problemáticas (o Bronze do Sudoeste como entidade «arqueográfica», âmbito cronológico, perspectivas da investigação / problemáticas da investigação – a «visibilidade» dos dados empíricos e o trabalho de pesquisa como produto social).

10:30 – Pausa


Sessão 2 – O conhecimento do território e as novas perspectivas de investigação


11:00 – Eduardo Porfírio, O povoamento aberto do Bronze Pleno no Sudoeste. Caso de estudo: o sítio de Torre Velha 3 (Serpa).
11:30 – Miguel Serra, O povoamento fortificado do Bronze Final no Sudoeste: Caso de estudo: o sítio do Outeiro do Circo (Beja).
12:00 – Ignacio Pavón Soldevila e David Manuel Duque Espino, Paisaje y poblamiento en el II milenio a.C.: El Cerro del Castillo de Alange (Extremadura, España) y su territorio.

12:15 – Discussão

12:30 – Pausa – almoço


Sessão 3 – Contributo dos estudos arqueométricos para o conhecimento do Bronze do Sudoeste


14:00 – Carlo Bottaini, A metalurgia do Bronze do Sudoeste.
14:30 – Ana Osório e Sara Almeida, Tipos cerâmicos esmiúçam o Bronze Final: A cerâmica com decoração brunida no Sudoeste Peninsular.

15:00 – Pausa
Sessão 4 – Análise de materiais

15:30 – Casos práticos
Eduardo Porfírio e Miguel Serra
, Oferendas funerárias cerâmicas do Bronze Pleno de Torre Velha 3
Ana Osório e Sara Almeida
, A cerâmica de ornatos brunidos do Castelo de Arraiolos
Carlo Bottaini
, Breves notas de arqueometalurgia prática

Sessão 5 – Resumo e debate geral


17:00 – Rui Parreira e Raquel Vilaça, Dinamização e moderação

17:45 – Encerramento dos trabalhos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

II Jornadas de Pré e Proto-História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - 6

A Idade do Bronze do Sudoeste: novas perspectivas sobre uma velha problemática

15 de Abril de 2011

Programa:

09:00 – 09:15
Entrega de documentação

09:15 – 09:30
Sessão de abertura:
Director da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Director do Departamento de História, Arqueologia e Artes da Universidade de Coimbra
Coordenadora do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto Director da Secção / Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra

09:30 – 09:45
Apresentação e objectivos:

Miguel Serra (Palimpsesto/CEAUCP)
Após as décadas iniciais do século XX, os anos 50, 60 e 70 foram especialmente marcantes para a estruturação de um conceito de matriz histórico-cultural, designado por Idade do Bronze do Sudoeste Peninsular, abreviadamente Bronze do Sudoeste. Em grande medida, tal conceito manteve-se em vigor até aos nossos dias. Concebido maioritariamente a partir de elementos de carácter funerário, o Bronze do Sudoeste, careceu desde sempre, salvo raras excepções, de materialidades que possibilitassem a percepção do respectivo esquema de povoamento.
Na actualidade, o desenvolvimento de alguns projectos de investigação, bem como o forte contributo da arqueologia preventiva na região, têm permitido um conhecimento ímpar na estruturação das formas de povoamento, em simultâneo com a observação de novas realidades funerárias, que nos mostram a existência de formações culturais mais complexas do que até aqui se julgava.
A integração de estudos arqueométricos nestas análises constitui, entre outros, um elemento crucial para a compreensão do quadro interpretativo do Bronze do Sudoeste.
Este encontro pretende fornecer aos participantes um nível de formação geral que possibilite a aquisição da capacidade de caracterizar e interpretar criticamente o conceito de Bronze do Sudoeste.
No fim das sessões, deverão conhecer a evolução deste conceito à luz das diferentes correntes teóricas que o procuraram explicar e definir.
Decorrerão também sessões com casos de estudo que permitirão a apreciação de novas perspectivas de investigação com exemplos de intervenções no terreno e no gabinete.
Para testar a capacidade crítica adquirida, é proposto um debate final onde se pretende a discussão dos temas abordados.

09:45 – 10:30 (Sessão 1):
Historiografia do Bronze do Sudoeste: velhas perspectivas sobre uma problemática renovada

Rui Parreira (DRC Algarve)
Tema:
- Enquadramento historiográfico das problemáticas (o Bronze do Sudoeste como entidade «arqueográfica», âmbito cronológico, perspectivas da investigação / problemáticas da investigação – a «visibilidade» dos dados empíricos e o trabalho de pesquisa como produto social).
Conteúdo programático:
Para o Sudoeste peninsular os dados empíricos datáveis no 2.º milénio anterior à era cristã têm sido abordados, desde o século XIX, sob distintos enquadramentos teóricos. Neste módulo procura-se, por isso, reflectir como esses diferentes enfoques têm condicionado interpretações discrepantes e abordagens diferenciadas, desde as centradas nos objectos e nos sítios, às que consideram os territórios e as paisagens culturais, ou às que, na materialidade do registo arqueológico, procuram discernir contradições, transformações e continuidades na sociedade da chamada Idade do Bronze.

10:30 – 11:00 (intervalo)

11:00 – 12:15 (Sessão 2):

O conhecimento do território e as novas perspectivas de investigação

Eduardo Porfírio (Palimpsesto/CEAUCP)
Tema:
- O povoamento aberto do Bronze Pleno no Sudoeste. Caso de estudo: o sítio de Torre Velha 3 (Serpa).
Conteúdo programático:
O sítio Torre Velha 3 localiza-se no concelho de Serpa, numa zona de relevo ondulado com boa aptidão agrícola. A escavação em área deste local permitiu a identificação de uma ocupação da Idade do Bronze, constituída por uma série de estruturas escavadas no solo, de cariz doméstico e funerário. Estes contextos quando relacionados com povoados e necrópoles coetâneos da margem esquerda do Guadiana, incrementam o nosso conhecimento sobre as estratégias de ocupação e exploração do território. Permitem confirmar alguns aspectos dos rituais fúnebres já referenciados em trabalhos anteriores, ao mesmo tempo que lhes acrescentam diversidade através da existência de várias estruturas sepulcrais, destacando-se as de tipo hipogeu, semelhantes morfológica e ritualmente à excepcional sepultura de Belmeque.
É objectivo deste sub-módulo, apresentar os resultados actualizados do estudo da ocupação da Idade do Bronze de Torre Velha 3, dedicando uma atenção especial à sua vertente funerária, destacando-se a contribuição deste âmbito para a compreensão do quotidiano destas comunidades.

Miguel Serra (Palimpsesto/CEAUCP)
Tema:
- O povoamento fortificado do Bronze Final no Sudoeste: Caso de estudo: o sítio do Outeiro do Circo (Beja).
Conteúdo programático:
O povoado fortificado do Outeiro do Circo (Beja), localizado no centro da fértil peneplanície do Baixo Alentejo, constitui um dos melhores exemplos para o conhecimento do povoamento de altura durante o Bronze Final no Sudoeste Peninsular. Dados recentes permitiram a descoberta de diversos povoados de planície nos seus arredores, o que possibilita a construção de um cenário privilegiado para a tentativa de reconstituição dos processos de formação e evolução das redes de povoamento e do sistema de hierarquização de lugares.
Pretende-se dar a conhecer os resultados do projecto de investigação que incide no estudo deste povoado, bem como da integração dos novos dados transmitidos pela arqueologia preventiva na região envolvente.

Ignacio Pavón Soldevila e David M. Duque Espino (Univ. Extremadura, Espanha)
Tema:
- Paisaje y poblamiento en el II milenio a.C.: El Cerro del Castillo de Alange (Extremadura, España) y su territorio.
Conteúdo programático:
El Cerro del Castillo de Alange (Badajoz) constituye el asentamiento mejor conocido del Bronce Pleno en la Baja Extremadura. Localizado en el sector nororiental de la comarca de Tierra de Barros, ha sido objeto de excavaciones, de forma discontinua desde 1987 hasta 2006, que han permitido, sobre todo, conocer su secuencia estratigráfica; ofrecer una reconstrucción paleoambiental y paleoeconómica; y, gracias a los últimos trabajos, definir un poco más los parámetros arquitectónicos. Igualmente, se ha convertido en un referente en el que integrar el poblamiento rural –hasta ahora casi exclusivamente conocido por las necrópolis de cistas– de la comarca; y un enclave desde el que valorar la dimensión territorial y cultural del Bronce del Suroeste. Aspectos, todos ellos, que abordaremos en este seminario.

12:15 – 12:30 Discussão

12:30 – 14:00 (almoço)


14:00 – 15:00 (Sessão 3):
Contributo dos estudos arqueométricos para o conhecimento do Bronze do Sudoeste

Carlo Bottaini (CEAUCP)
Tema:
- A metalurgia do Bronze do Sudoeste
Conteúdo programático:
A partir dos trabalhos de carácter eminentemente tipológico do século XIX, influenciados pelas teorias evolucionistas de Charles Darwin, os metais sempre tiveram grande interesse em âmbito arqueológico: tal como no resto da Europa, em Portugal, os primeiros estudos mantiveram essa perspectiva tipológica, que se prolongou, praticamente inalterada, até à década de 80 do século passado.
À abordagem tipológica associavam-se, pontualmente, estudos cuja finalidade era a caracterização química dos metais, numa óptica demasiado minimalista e simplificadora do fenómeno metalúrgico.
Nos últimos anos, os estudos sobre a metalurgia arcaica em território português têm vindo a multiplicar-se, assumindo uma dimensão cada vez mais multidisciplinar e transversal. Ao mesmo tempo, foram desenvolvidos projectos especificamente orientados para a arqueometalurgia e a arqueomineração.
O estudo dos metais antigos representa uma importante chave de leitura para a compreensão não apenas da evolução tecnológica das sociedades pré e proto-históricas, bem como da sua articulação social, da sua organização económica e da sua dimensão simbólica.
Tomando como exemplo a metalurgia do Bronze do Sudoeste, o presente módulo procura apresentar uma visão global do fenómeno metalúrgico naquela região, tentando ultrapassar a dicotomia entre aspectos tecnológicos e dimensão socioeconómica.

Ana Osório (CEMUC/CEAUCP) e Sara Almeida (GCH – CMC)
Tema:
- Tipos cerâmicos esmiúçam o Bronze Final: A cerâmica com decoração brunida no Sudoeste Peninsular
Conteúdo programático:
Dado o pressuposto de que a prática tecnológica é uma das formas pelas quais a “sociedade” se concretiza/perpétua e de que a produção de objectos cerâmicos faz parte de um sistema cultural abrangente, torna-se evidente que a compreensão e discussão dos sistemas culturais terá muito a ganhar com a observação dos seus processos tecnológicos.
Após a identificação dos principais tipos decorativos da Península Ibérica no Bronze Final, este módulo foca-se num dos mais comuns da região em causa: a cerâmica com decoração brunida; para caracterizá-lo na sua uniformidade/diversidade e explorá-lo do ponto de vista tecnológico. Esta abordagem compreenderá também a avaliação do contributo dos estudos tecnológicos e arqueométricos na operacionalização de variados conceitos teóricos (cadeia operatória; especialização e estandardização da produção; proveniência; redes de troca; acção/agency) que permitem uma discussão renovada de algumas problemáticas do Bronze Final do Sudoeste identificadas nos módulos anteriores (tais como hierarquização do povoamento; complexificação social; identidade social e cultural etc.).

15:00 – 15:30 (intervalo)

15:30 – 17:00 (Sessão 4):

Análise de materiais

Eduardo Porfírio e Miguel Serra (Palimpsesto/CEAUCP)
Tema:
- Oferendas funerárias cerâmicas do Bronze Pleno de Torre Velha 3

Ana Osório (CEMUC/CEAUCP) e Sara Almeida (GCH – CMC)
Tema:
- A cerâmica de ornatos brunidos do Castelo de Arraiolos

Carlo Bottaini (CEAUCP)
Tema:
- Breves notas de arqueometalurgia prática

17:00 – 17:45 (Sessão 5):
Resumo e debate
Rui Parreira (DRC Algarve) e Raquel Vilaça (CEAUCP-CAM/FLUC): dinamizadores

17:45
Encerramento


Será fornecida pasta com documentação e certificado de participação

II Jornadas de Pré e Proto-História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - 5

Estão encerradas as inscrições para as II Jornadas de Pré e Proto História da FLUC dedicadas ao tema "A Idade do Bronze do Sudoeste: novas perspectivas sobre uma velha problemática".

Estão preenchidas as 60 vagas disponibilizadas e foi criada uma lista de suplentes que já conta com 11 inscritos. Caso haja desistências, é favor comunicar até 13 de Abril de 2011, de forma a informar os suplentes atempadamente.

II Jornadas de Pré e Proto-História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - 4

Anúncio:

Restam apenas 10 vagas por prencher nas II Jornadas de Pré e Proto História da FLUC dedicadas ao tema "A Idade do Bronze do Sudoeste: novas perspectivas sobre uma velha problemática".

Inscreva-se...

Contacto para inscrições: miguelserra@palimpsesto.pt

segunda-feira, 14 de março de 2011

II Jornadas de Pré e Proto-História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - 3

A Idade do Bronze do Sudoeste: novas perspectivas sobre uma velha problemática


Conferencistas:

Rui Parreira
Arqueólogo, licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1977). Pós-graduação em Conservador de Museu no Centro de Estudos Museológicos do Ministério da Cultura (1984). Mestre em Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1996). Técnico superior da Direcção Regional de Cultura do Algarve. Docente convidado da Universidade do Algarve (Pós-Graduação em Gestão Cultural). Direcção e co-direcção de trabalhos de campo nos domínios do Megalitismo e das Sociedades Complexas da Península Ibérica entre o 4º e o 2º milénio a.n.e, entre outros na Anta Grande do Zambujeiro (Évora), Castro do Zambujal (Torres Vedras) e necrópoles da Idade do Bronze dos arredores de Beja. Co-direcção do projecto de investigação na área arqueológica de Alcalar (Portimão), sobre a ocupação do território e a valorização da “paisagem cultural” de Alvor-Monchique entre o 4º e o 2º milénio a.n.e. (desde 1987).

Publicações sobre o tema do seminário:
Parreira, R. (1977), O povoado da Idade do Bronze do Outeiro do Circo, Arquivo de Beja, Beja, vols. 28-32: 31-45.
Parreira, R. (1982), Elementos para um inventário de estações arqueológicas: prospecção e reconhecimento – Distrito de Beja: Beja, Ferreira do Alentejo, Informação Arqueológica, IPPC, Lisboa, 2: 6-10.
Parreira, R. (1995), Aspectos da Idade do Bronze no Alentejo Interior, in A Idade do Bronze em Portugal – Discursos de Poder, Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa: 131-134.
Parreira, R. (1998), As arquitecturas como factor de construção da paisagem do Alentejo Interior, in, Existe uma Idade do Bronze Atlântico, Trabalhos de Arqueologia, 10, Instituto Português de Arqueologia, Lisboa: 267-273.
Parreira, R. e Soares, A. (1980), Zu einigen bronzezeitlichen Hohensiedlungen in Sudportugal, Madrider Mitteilungen, Madrid, 21: 109-130.

Miguel Serra
Arqueólogo, licenciado em História, variante de Arqueologia pela Universidade de Coimbra (1999). Mestrando em Arqueologia e Território na Universidade de Coimbra. Membro da empresa de arqueologia Palimpsesto, Estudo e Preservação do Património Cultural, Lda. Colaborador do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto. Co-direcção do projecto de investigação “A transição Bronze Final / Iª Idade do Ferro no Sul de Portugal. O caso do Outeiro do Circo”. Direcção de trabalhos de campo centrados no domínio da Idade do Bronze no Baixo Alentejo.

Publicações sobre o tema do seminário:
Serra, M., Porfírio, E. e Ortiz, R. (2008), O Bronze Final no Sul de Portugal – Um ponto de partida para o estudo do povoado do Outeiro do Circo, Actas do 3º Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular, VIPASCA, Aljustrel, n.º 2, 2ª série, 2008: 163-170.
Serra, M. e Porfírio, E. (no prelo), O Bronze Final nos “Barros de Beja”. Novas perspectivas de investigação, comunicação no 5º Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular, Almodôvar, 18-20 de Novembro de 2010.
Serra, M., Porfírio, E. (no prelo), O povoado do Bronze Final do Outeiro do Circo (Mombeja, Beja). Balanço de 2 anos de investigação, comunicação no 2º Encontro de Jovens Investigadores do CEAUCP-CAM, 9, 10 de Abril de 2010, Porto.

Eduardo Porfírio
Arqueólogo, licenciado em História, variante de Arqueologia pela Universidade de Coimbra (1999). Mestrando em Arqueologia e Território na Universidade de Coimbra. Membro da empresa de arqueologia Palimpsesto, Estudo e Preservação do Património Cultural, Lda. Colaborador do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto. Co-direcção do projecto de investigação “A transição Bronze Final / Iª Idade do Ferro no Sul de Portugal. O caso do Outeiro do Circo”. Direcção de trabalhos de campo centrados no domínio da Idade do Bronze no Baixo Alentejo e na Beira Interior.

Publicações sobre o tema do seminário:
Alves, C., Estrela, S., Costeira, C., Porfírio, E., Serra, M., Soares, A. M. e Moreno-García, M. (2010), Hipogeus funerários do Bronze Pleno da Torre velha 3 (Serpa, Portugal). O Sudeste no Sudoeste?!, Zephyrus, Revista de Prehistória y Arqueología, 66, 2010
Alves, C., Costeira, C., Estrela, S., Porfírio, E. e Serra, M. (no prelo), Torre Velha 3 (Serpa): dados preliminares, Al Madan, 2ª série, n.º 17, 2010.
Porfírio, E. e Serra, M. (no prelo), Rituais funerários e comensalidade no Bronze do Sudoeste. Novos dados a partir de uma intervenção de emergência no sítio de Torre Velha 3 (Serpa), comunicação no 2º Encontro de Jovens Investigadores do CEAUCP-CAM, 9, 10 de Abril de 2010, Porto
Alves, C., Estrela, S., Costeira, C., Porfírio, E., Serra, M., Soares, A. M. e Moreno-García, M. (no prelo) Caracterização preliminar da ocupação pré-histórica da Torre Velha 3. (Barragem da Laje - Serpa), Actas do 4º Colóquio de Arqueologia do Alqueva – O Plano de Rega (2002 – 2010), 24 a 26 de Fevereiro de 2010, EDIA, Beja.
Costa, M., Porfírio, E. e Serra, M. (no prelo), A Torre Velha 3 no espaço geográfico. Uma abordagem morfológica de um sítio arqueológico (Barragem da Laje, Serpa), Actas do 4º Colóquio de Arqueologia do Alqueva. O Plano de Rega (2002 – 2010), 24 a 26 de Fevereiro de 2010, EDIA, Beja, poster.

Ignacio Pavón Soldevila
Licenciado (1991) y doctor (1995) en Filosofía y Letras por la Universidad de Extremadura (España), es profesor titular en el Área de Prehistoria de dicha universidad. Integrante del Grupo de Estudios Prehistóricos Tajo-Guadiana (Pretagu), ha dirigido excavaciones arqueológicas en algunos enclaves de la Edad del Bronce como el Cerro del Castillo de Alange o Las Minitas (Almendralejo). Es autor/coautor, igualmente, de diversos trabajos sobre el poblamiento de la Prehistoria Reciente y Protohistoria de Extremadura, como El tránsito del II al Ier milenio a.C. en las cuencas medias de los ríos Tajo y Guadiana: La Edad del Bronce (1998); El poblado protohistórico de Aliseda. Campaña de 1995 (1999); El Cerro de San Cristóbal, Logrosán, Extremadura, Spain. The archaeometallurgical excavation of a Late Bronze Age tin-mining and metalworking site (2001); El mundo funerario de la Edad del Bronce en la Tierra de Barros: una aproximación desde la bio-arqueología de Las Minitas (2008); o El caserío de Cerro Manzanillo (Villar de Rena, Badajoz) y la colonización agraria orientalizante en el Guadiana Medio (2009). También ha participado en la redacción y edición de obras colectivas, como Extremadura Protohistórica, Paleoambiente, Economía y Poblamiento (1998); El edificio protohistórico de La Mata (Campanario, Badajoz) y su estudio territorial (2004); o Arqueología de la tierra. Paisajes rurales de la protohistoria peninsular (2007). En la actualidad forma parte del equipo investigador del Proyecto “El tiempo del tesoro de Aliseda” (HAR2010-14917).

Publicações sobre o tema do seminário:
Pavón, I. (1995): “Bases estratigráficas para una revisión cronológica del Bronce del Suroeste: el Corte 3 de la Umbría del Cerro del Castillo de Alange”. Extremadura Arqueológica, V, Homenaje a la Dra. Dña. Milagro Gil-Mascarell: 81-96.
Pavón, I. (1998): El Cerro del Castillo de Alange. Intervenciones arqueológicas de 1993. Memorias de Arqueología Extremeña, 1. Mérida.
Pavón, I. (2002-2003): “Muerte en los Barros: aproximación a la dinámica demográfica, ritual y social de una necrópolis de cistas en la Baja Extremadura”. Estudos Pré-Històricos, X-XI: 119-144.
Pavón, I. (2008): “La Edad del Bronce en la Tierra de Barros: nuevos hallazgos en el Cerro del Castillo de Alange (Badajoz)”. Nonnullus Revista de Historia, 3: 4-15.
Disponible en: http://www.nonnullusrevistadehistoria.com/nonnullus-3/
Pavón, I., Duque, D., Pérez Jordà, G. y Márquez, J. M. (2010): “Novedades en la Edad del Bronce del Guadiana Medio: intervención en el Cerro del Castillo de Alange (2005-2006)”. Actas del IV Encuentro de Arqueología del Suroeste Peninsular (J.A. Pérez y E. Romero, eds.): 442-462.

David M. Duque Espino
Licenciado (1997) y doctor (2004) en Geografía e Historia por la Universidad de Extremadura. Como becario pre-doctoral de la UEX, ha realizado diversas estancias en el laboratorio Gil-Mascarell Boscà (Departamento de Prehistoria y Arqueología de la Universidad de Valencia) y en el del Centre de Bio-Archéologie et d'Ecologie de la Université de Montpellier II (UMR 5059-CNRS-UM2). Especialista en Antracología, con una amplia producción bibliográfica, en la actualidad disfruta de un contrato Ramón y Cajal en el Área de Prehistoria de la Universidad de Extremadura. Como integrante del Grupo de Estudios Prehistóricos Tajo-Guadiana (Pretagu) ha participado en la investigación y publicaciones sobre La Mata, Cerro Manzanillo, Entrerríos, etc. También ha colaborado en diversos proyectos de investigación españoles y portugueses (“Prehistoria en La Raya: Patrimonio Cultural Común”; “Estudo e Valorizaçao do Patrimonio Arqueológico da Coudelaria de Alter”; etc.).

Publicações sobre o tema do seminário:
Duque, D. (2004): La gestión del paisaje vegetal en la Prehistoria reciente y Protohistoria en la Cuenca Media del Guadiana a partir de la Antracología. Cáceres.
Disponible en: http://dialnet.unirioja.es/servlet/tesis?codigo=199
Duque, D. y Pérez Jordà, G. (2007): “Análisis antracológico y carpológico de los hoyos del Carrascalejo: medio vegetal y agricultura en la Edad de Bronce en la Cuenca Media del Guadiana”. El Campo de Hoyos de la Edad del Bronce del Carrascalejo (Badajoz). Memorias de Arqueología Extremeña, 7 (J. J. Enríquez y B. Drake, eds.): 145-157.

Carlo Bottaini
Arqueólogo, Curso de Conservazione dei Beni Culturali, variante de Arqueologia, pela Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Pisa (2005), licenciado em História, variante de arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2006), visiting student na Universidade Suor Orsola Benincasa de Nápoles (2008), Estágio IBAM – Centre Nazionale delle Ricerche, Catania (2008), Doutorando em Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Investigador do Projecto “O Bronze do Sudoeste Ibérico no âmbito do Mediterrâneo Centro/Ocidental entre o Bronze Final e o Ferro Inicial (XIII – VIII séc. a.C.) ”.

Publicações sobre o tema do seminário:
Bottaini, C., Serra, M. e Porfírio, E. (no prelo), Metais da Idade do Bronze do Museu de Beja, poster no 5º Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular, 18-20 de Novembro de 2010, Almodôvar.
Bottaini, C. (no prelo), Paleo-metallurgia Calcolitica nel Portogallo meridionale. Stato dell'arte, em Giardino C., D’Andria F. (eds.), Archeometallurgia: dalla conoscenza alla fruizione, (Cavallino, 22-25 de Maio de 2006).

Ana Osório
Arqueóloga, licenciada em História, variante de Arqueologia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2002). Mestre em Tecnologia e Análise de Materiais Arqueológicos Inorgânicos pelo Instituto de Arqueologia da University College of London (2005), Doutoranda interdisciplinar em Arqueologia e Estudo de Materiais pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com o tema “Para a compreensão da cerâmica de ornatos brunidos do Bronze Final: uma abordagem arqueométrica“. Investigadora integrada no CEMUC (Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra), Grupo de Nanomateriais e Microfabricação (desde 2009) e colaboradora do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto

Publicações sobre o tema do seminário:
Osório, A. (2008), A cerâmica de ornatos brunidos do Bronze Final. Em busca do processo de produção. Estudo preliminar de um conjunto proveniente do Castelo de Arraiolos, Actas de las I Jornadas de Jóvenes en Investigación Arqueológica: Dialogando con la Cultura Material (JIA 2008), Tomo I, Universidad Complutense in Madrid, C.R.S.A., Madrid: 199-206.
Almeida, S., Silva, R. Osório, A. (2010), O Povoado Proto-histórico de S. Pedro de Arraiolos (Évora) - Expressões da cultura artefactual, Actas del IV Encuentro de Arqueología del Suroeste Peninsular. Universidad de Huelva: 592-605.
Almeida, S., Silva, R., Osório, A., (no prelo), O povoado de S. Pedro de Arraiolos (Alentejo) – Novos dados para o seu conhecimento, Actas Siderum Ana II – El rio Guadiana en el Bronce Final. Mérida-Badajóz, 28-30 de Mayo de 2008. Instituto de Arqueologia de Mérida

Sara Almeida
Arqueóloga, licenciada em História, variante de Arqueologia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2001). Mestre em Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2006). Técnica Superior do Gabinete para o Centro Histórico da Câmara Municipal de Coimbra. Co-direcção do projecto de investigação (PNTA 2009) “O Final da Idade do Bronze em Arraiolos”.

Publicações sobre o tema do seminário:
Almeida, S., Silva, R. Osório, A. (2010), O Povoado Proto-histórico de S. Pedro de Arraiolos (Évora) - Expressões da cultura artefactual, Actas del IV Encuentro de Arqueología del Suroeste Peninsular, Universidad de Huelva: 592-605.
Almeida, S., Silva, R., Osório, A., (no prelo), O povoado de S. Pedro de Arraiolos (Alentejo) – Novos dados para o seu conhecimento, Actas Siderum Ana II – El rio Guadiana en el Bronce Final. Mérida-Badajóz, 28-30 de Mayo de 2008. Instituto de Arqueologia de Mérida


Nota: Os participantes no encontro que queiram consultar algum dos artigos indicados como "no prelo" poderão requerê-los através do seguinte endereço: miguelserra@palimpsesto.pt

II Jornadas de Pré e Proto-História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - 2

Idade do Bronze do Sudoeste: novas perspectivas sobre uma velha problemática

Datas: 15 de Abril de 2011
Destinatários: alunos de 1º e 2º ciclo de Arqueologia, profissionais de arqueologia
Local: Centro Cultural D. Dinis – Coimbra
Organização: Secção / Instituto de Arqueologia do Departamento de História, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto e Palimpsesto, Estudo e Preservação do Património Cultural, Lda.
Elementos de apoio: serão disponibilizados artigos relativos aos temas a abordar em www.outeirodocirco.blogspot.com, durante o mês de Março, de modo a que os participantes possam preparar antecipadamente o debate a realizar no fim das jornadas. Cada artigo terá a correspondente lista bibliográfica, que lhe serviu de preparação, para maior aprofundamento das questões a discutir. Cada sessão será apresentada em regime de comunicações com apoio de power point, sendo alguns dos temas complementados com a presença de materiais arqueológicos de modo a proporcionar um contacto mais directo dos participantes com a cultura material das realidades em análise.

II Jornadas de Pré e Proto-História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

A Idade do Bronze do Sudoeste: novas perspectivas sobre uma velha problemática





Inscrições em miguelserra@palimpsesto.pt (60 vagas)

Ao longo do mês de Março será disponibilizada mais informação acerca dos conteúdos do programa.

domingo, 6 de março de 2011

Outeiro do Circo alvo de trabalhos académicos - parte 2

O povoamento da Idade do Bronze no território do Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel – Beja). Um modelo de aplicação de SIG a um projecto de investigação em arqueologia.
Este trabalho pretende apresentar o potencial de aplicação de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) no âmbito do projecto de investigação arqueológica “A transição Bronze Final / Iª Idade do Ferro no Sul de Portugal: o caso do Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel – Beja)”.
As três principais componentes de utilização de SIG aplicadas a este projecto referem-se aos aspectos relacionados com (1) a gestão e armazenamento da informação obtida nas várias vertentes deste projecto, (2) com a utilização desta informação para a criação de modelos interpretativos e elaboração de reconstituições virtuais da realidade que auxiliem a criação de interpretações arqueológicas e por fim (3) com a possibilidade de utilizar modelos preditivos para a detecção de sítios arqueológicos de determinado tipo em função de certos padrões comuns na sua análise espacial.







A ocupação do território do Outeiro do Circo entre o IIº e Iº milénio a.C. Sequência ou ruptura?

A abordagem seguida neste trabalho terá como principal objectivo conhecer as estratégias de povoamento ao longo do IIº milénio e inícios do Iº milénio a.C. num território envolvente ao povoado do Bronze Final do Outeiro do Circo, caracterizando o evoluir das formas presentes no registo arqueológico e interrogando as mudanças e permanências que se podem observar neste longo período, entendido por nós como um momento chave para a compreensão do desenvolvimento das sociedades complexas pré-urbanas no Sul do actual território português.
Pretende-se fazer uma leitura de longa duração com o objectivo de compreender se este é um processo de intensificação contínua ou se por outro lado estaremos na presença de múltiplos processos com quebras e ressurgimentos. Esta análise termina nos alvores do Iº milénio, quando este sistema que se formou ao longo de toda a Idade do Bronze, parece colapsar ou tornar-se discreto.






Evolução da ocupação humana nos “Barros de Beja” entre o Bronze Médio e o Bronze Final. Mudanças e continuidades – apresentação de um projecto de investigação
O objectivo deste trabalho passa pela criação de um projecto de investigação que aborde o modo como as arquitecturas serviram para moldar a forma do território dos “Barros de Beja” durante a Idade do Bronze e a forma como estas arquitecturas se manifestaram no registo actual da paisagem, que variabilidade assumiram nas redes de povoamento antigas e saber que outras formas nos podem informar sobre como o Homem usou e viveu no espaço físico.





A ocupação humana do Bronze Final nos “Barros de Beja”. Perspectivas de investigação a partir do Outeiro do Circo (Mombeja – Beja) – apresentação de um projecto de investigação
Pretende-se apresentar um projecto de investigação incidindo sobre a Idade do Bronze Final na região dos “Barros de Beja”, mais concretamente nas áreas abrangidas grosso modo pelas freguesias de Mombeja, Beringel e Santa Vitória, no concelho de Beja.
A estratégia de investigação a perspectivar, recairá preferencialmente no estudo do arqueosítio do Outeiro do Circo, um povoado muralhado que genericamente se enquadra dentro das cronologias do Bronze Final.






A transição Bronze Final / Iª Idade do Ferro no Sul de Portugal: o caso do Outeiro do Circo – Projecto de Educação Patrimonial
Este documento sistematiza um plano de educação patrimonial para o projecto de arqueologia “A transição Bronze Final / Iª Idade do Ferro no Sul de Portugal: o caso do Outeiro do Circo”.
O plano propõe-se divulgar de uma forma programada os trabalhos arqueológicos e os resultados do projecto, através duma linguagem, meios e recursos de comunicação adequados aos diversos públicos.
Pretende-se deste modo, utilizar a prática arqueológica para divulgar a necessidade de proteger e estudar um património que permanece semi-escondido na paisagem actual, situação que o coloca constantemente em risco. Procura-se igualmente alterar a percepção social dos vestígios arqueológicos, que frequentemente os menoriza relativamente aos valores do património imóvel construído. O património cultural pode assim, ser encarado como um recurso insubstituível para o desenvolvimento local e regional.